O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

12 DE ABRIL DE 2014

21

contrato de inserção que, entre outros aspetos, tem como obrigação prestar atividades socialmente úteis e

estar inscrito nos centros de emprego.

Sr.ª Deputada, uma prestação como o rendimento social de inserção deve ter sempre um caráter transitório

e a verdade é que estava longe de atingir esse objetivo. Se a prestação deixa de ter um caráter transitório,

deixa de ser uma prestação de inserção para se tornar verdadeiramente num subsídio do Estado a quem

muitas vezes não quer estar no mercado de trabalho.

Para a Sr.ª Deputada ter uma noção, em 2004, o rendimento mínimo era atribuído durante cerca de oito

meses. Em 2011, a média nesta prestação ultrapassava os 36 meses. Portanto, houve um aumento

exponencial.

Sr.ª Deputada, percebemos que o sistema descurava esta exclusão social e promovia o afastamento do

mercado de trabalho. Por isso mesmo, só para ter uma noção, em 2011, cerca de 60 000 beneficiários do

rendimento social de inserção, que tinham idade e capacidade para trabalhar, não estavam sequer inscritos

nos centros de emprego, não tinham sequer uma obrigação de procurar ativamente trabalho.

A Sr.ª Deputada acha que isto é justo? O Governo entendeu que não. E, nesse sentido, fez um conjunto de

alterações. Dessas alterações resultou que várias pessoas deixaram de aceder a esta prestação, porque o seu

rendimento se alterou, porque recusaram um contrato de inserção, porque recusaram inscrever-se, por

exemplo, nos centros de emprego, ou até porque prestaram falsas declarações ou coagiram funcionários da

segurança social.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Quantas pessoas é que fizeram isso?

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Hoje, Sr.ª Deputada, já temos muito

mais inscrições no IEFP de pessoas que estavam no RSI e que, no passado, não eram sequer obrigados a ter

essa inscrição.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas mantém o argumento dos 100 000 €?

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Nesse sentido, Sr.ª Deputada, tenho

de lhe dizer mais uma vez que a única forma que temos de conseguir efetivamente gerir bem, do ponto de

vista social, é sermos muito ativos no combate à fraude e ao abuso de prestações sociais, Sr.ª Deputada. É

que 1 € mal gasto em prestações sociais é sempre 1 € que é retirado a quem é mais fraco e a quem é mais

excluído.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Ah, aquela conversa dos 100 000 € era falsa!

O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social: — Também muito sinteticamente, para

não ultrapassar o tempo de resposta, gostaria de dizer à Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia que, neste momento,

o número de pessoas que têm uma taxa de cobertura social, isto é, que estão em situação de desemprego

mas que têm qualquer proteção, quer de subsídio de desemprego, quer de subsídio social de desemprego,

quer de medidas ativas de emprego, quer de algum tipo de contratação, é superior ao que acontecia em 2011.

Essa taxa de cobertura subiu cerca de 10 pontos percentuais, exatamente porque estamos hoje a conseguir

ter muito mais pessoas também no IEFP em ações que têm a ver com a sua reinserção profissional.

Por último, quero responder à Sr.ª Deputada Idália Serrão, a quem agradeço muito a pergunta.

Sr.ª Deputada, o modelo de que falou, introduzido em Lisboa, é um modelo que foi avaliado desde 1980.

Estou a falar com uma pessoa que teve responsabilidades nesta matéria e que executou, em Lisboa, na área

de Santarém, na área do Vale do Tejo, sempre este modelo, que é um modelo que garante efetivamente que

este apoio chega a quem dele mais precisa, mas, acima de tudo, que não há duplicações nos apoios às

mesmas crianças.

Posso dizer-lhe, Sr.ª Deputada, pois acho que isso é muito relevante, que, neste momento, face ao ano de

2011, há uma subida da execução financeira.

A Sr.ª Idália Salvador Serrão (PS): — Os vossos números não batem certo!

Páginas Relacionadas
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 73 4 Portugal tem hoje um nível de emprego que caiu
Pág.Página 4
Página 0005:
12 DE ABRIL DE 2014 5 condução dos acontecimentos, quando a direção parecia fugir e
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 73 6 Governo passámos para as atuais 807, em todo o
Pág.Página 6
Página 0007:
12 DE ABRIL DE 2014 7 Mas sentimos que é agora altura de ir mais longe. E, assim, p
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 73 8 O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segu
Pág.Página 8
Página 0009:
12 DE ABRIL DE 2014 9 O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social:
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 73 10 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 10
Página 0011:
12 DE ABRIL DE 2014 11 Vozes do PSD: — Oh!… A Sr.ª Presidente: — Tamb
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 73 12 … mas que mostra, principalmente, que os senho
Pág.Página 12
Página 0013:
12 DE ABRIL DE 2014 13 cresceu 11% em 2013. Dois milhões de pobres são a vergonha d
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 73 14 Portanto, Sr. Ministro, o seu desafio aqui, ho
Pág.Página 14
Página 0015:
12 DE ABRIL DE 2014 15 A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … não sabíamos qu
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 73 16 O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Seg
Pág.Página 16
Página 0017:
12 DE ABRIL DE 2014 17 É exatamente por isso, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinho
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 73 18 papel dos partidos políticos mas esse debate n
Pág.Página 18
Página 0019:
12 DE ABRIL DE 2014 19 Aplausos do PCP. O Sr. Presidente (Ferro Rodri
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 73 20 O problema não é só o corte nas rubricas em qu
Pág.Página 20
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 73 22 O Sr. Ministro da Solidariedade, Empreg
Pág.Página 22
Página 0023:
12 DE ABRIL DE 2014 23 Aplausos do PSD e do CDS-PP. E foram os
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 73 24 prova evidente, se provas fossem precisas, dos
Pág.Página 24
Página 0025:
12 DE ABRIL DE 2014 25 A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente! O Sr. Jo
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 73 26 parece muito incomodado quando lembramos esta
Pág.Página 26
Página 0027:
12 DE ABRIL DE 2014 27 perceber se o contrato de inserção e as medidas de inserção
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 73 28 Para falar verdadeiramente de pobreza em Portu
Pág.Página 28
Página 0029:
12 DE ABRIL DE 2014 29 para acolá, não é esse o debate que verdadeiramente interess
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 73 30 Queremos erradicar a pobreza, sim, queremos! T
Pág.Página 30
Página 0031:
12 DE ABRIL DE 2014 31 O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr.as e
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 73 32 Vozes do PS: — Muito bem! O Sr.
Pág.Página 32
Página 0033:
12 DE ABRIL DE 2014 33 O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Esgotou o seu tempo, S
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 73 34 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr. President
Pág.Página 34
Página 0035:
12 DE ABRIL DE 2014 35 Sr.as e Srs. Deputados, não basta reconhecer com pala
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 73 36 A Sr.ª Maria de Belém Roseira (PS): — Sr. Pres
Pág.Página 36
Página 0037:
12 DE ABRIL DE 2014 37 Mas o desemprego, o endividamento e o empobrecimento estão a
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 73 38 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ah!… Afinal!…
Pág.Página 38
Página 0039:
12 DE ABRIL DE 2014 39 É isto que queremos fazer, garantindo um acesso mais fácil d
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 73 40 Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista a
Pág.Página 40
Página 0041:
12 DE ABRIL DE 2014 41 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, como o Bloco de Esquerd
Pág.Página 41