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I SÉRIE — NÚMERO 97

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O Sr. Primeiro-Ministro: — Esta era a receita do Partido Socialista, se tivesse estado no Governo! E diz:

«Se a Irlanda saiu com mais défice, por que é que nós quisemos levar a austeridade tão longe?!». Sr.

Deputado, quisemos levar a austeridade onde ela era necessária para atingir as metas, e atingimos!

O Sr. António José Seguro (PS): — Não atingiram nem uma!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas há uma diferença: enquanto formos atingindo as nossas metas, Sr.

Deputado, temos credibilidade para manter o financiamento ao País; se começássemos a relaxar as nossas

metas, como o Sr. Deputado insistiu durante três anos, então, Sr. Deputado, não teríamos saído deste

Programa,…

O Sr. António José Seguro (PS): — Se tivesse seguido o que lhe propus, estávamos muito melhor!

O Sr. Primeiro-Ministro: — … teríamos tido um segundo, se é que não estaríamos já a discutir um

terceiro.

Mas, Sr. Deputado, a coisa que mais impressiona durante todo este tempo não é que o Governo tenha

querido resolver os problemas, tenha pretendido a redução do défice e da dívida, recorrendo a medidas

difíceis, é que o Partido Socialista tenha utilizado, sistematicamente, o terror…

Vozes do PS: — Oh!…

O Sr. Primeiro-Ministro: — … para garantir proveitos políticos. O Sr. Deputado andou semanas a fio, para

não falar da própria campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, a acusar o Governo de negociar nas

costas dos portugueses com o Fundo Monetário Internacional…

O Sr. António José Seguro (PS): — É verdade!

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e a instar-nos para que revelássemos o conteúdo dessas negociações. Pois

bem, Sr. Deputado, agora que as regras o permitem e que, portanto, isso foi divulgado, nunca mais se ouviu

um pio do Sr. Deputado. O que é que aconteceu com as negociações terríveis que estavam a ser feitas nas

costas dos portugueses?!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Quais foram — diga, Sr. Deputado! — as conquistas gravosas que este Governo quis explicitar, na carta de

intenções enviada ao Fundo Monetário Internacional, contra os portugueses?! Gostaria muito que o Sr.

Deputado nos esclarecesse.

O Sr. António José Seguro (PS): — Não espere pela demora!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sei que aqui já não pode, mas, como nos vai habituando a fazer isso no

corredor, aproveite agora o corredor, no final do debate, para nos esclarecer.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. António José Seguro (PS): — Teremos um segundo debate!

A Sr.ª Presidente: — Pelo CDS-PP, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães para formular

perguntas.

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