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I SÉRIE — NÚMERO 110

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O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Termino já Sr. Presidente.

Como estava a referir, dizer que isso é só uma questão de estágios profissionais não dizendo tudo, dizendo

que 70% dessas pessoas ficam com emprego, dizendo também que há uma criação líquida de emprego não

é, do meu ponto de vista, política e intelectualmente sério.

Quanto à balança comercial, esteve equilibrada. Mas os Srs. Deputados queriam ou não um aumento da

procura? Diziam até que o Tribunal Constitucional era o fautor desse mesmo aumento da procura. Aqui a têm.

E agora desdenham? Agora já não querem? Sr. Deputado, é dizer mal por dizer mal.

Para terminar, Sr. Presidente, quanto ao aumento da dívida, há uma frase feita que não é verdadeira, que é

muitas vezes repetida e que não pode ser deixada passar em claro: em 2011, Portugal, para pagar salários e

pensões, pediu a credores internacionais 78 000 milhões de euros. O Sr. Deputado queria que não

aumentasse a dívida? Acha que algum português, lá em casa, não percebe que quando contrai dívida para

pagar dívidas fica com mais dívida? Só no mundo comunista, Sr. Deputado, é que isso não tem qualquer

correspondência com a realidade.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por fim, Sr. Deputado, digo-lhe o seguinte: nós queremos ficar na

zona euro, os senhores querem preparar os ministérios para saírem da zona euro. É uma divergência legítima

e lógica em democracia, mas o caminho que a esmagadora maioria dos portugueses pretende é o de ficar na

União Europeia e na zona euro e, para isso, temos compromissos que temos de cumprir. Os senhores querem

uma política isolacionista, isto é, sair da zona euro como primeiro passo para sair da União Europeia. É

legítimo, mas não me parece que a maior parte dos portugueses o deseje.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo

Lopes Soares.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Nuno Magalhães, antes de mais, deixo

uma palavra de apreço pela declaração política que aqui trouxe sobre o retrato que fez do País e que é um

retrato factual, não é um retrato imaginário.

Nesta minha intervenção, e antes de ir diretamente à pergunta que lhe quero colocar, não posso deixar de

sublinhar o silêncio confrangedor do Partido Socialista nesta altura do debate.

Já hoje aqui ouvimos dizer que o Partido Socialista tem dado poucas ideias, poucas novidades ao País.

Mas o Partido Socialista começou o debate de hoje com uma novidade, Sr. Deputado Nuno Magalhães: hoje,

aqui, pela voz do Deputado João Galamba, a voz da bancada do Partido Socialista neste debate, disse ser

contra — repito, disse ser contra — o aumento das pensões daqueles que mais precisam.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — O Partido Socialista disse hoje ser contra o aumento das pensões de

200 €, de 205 € e de 210 € neste País. É esta a política social do Partido Socialista e foi esta a novidade que o

Partido Socialista trouxe ao debate.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas a verdade, Sr. Deputado Nuno Magalhães — e é sobre isto que quero questioná-lo —, se tudo o que

disse sobre o País é verdade, que esta maioria herdou e o País que agora estamos a construir, não é menos

verdade que para o País que todos queremos construir precisamos de um Partido Socialista forte, que faça jus

à sua história na democracia portuguesa. Mas o País, que tem assistido com evangélica paciência aos

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