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I SÉRIE — NÚMERO 4

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O que queremos dizer é que não é com essas políticas nem com este Governo que o País pode ter,

efetivamente, um desenvolvimento mais equilibrado e que podemos contribuir para a eliminação das

assimetrias. É seguramente com investimento público, é seguramente com uma aposta…

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

É seguramente com uma aposta nos serviços públicos, garantindo o acesso aos serviços públicos a todas

as populações, descentralizado e de proximidade, e não com o que este Governo diz, mas, depois, na prática,

faz exatamente o oposto.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem de terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Para terminar, Sr. Presidente, o País pode ter um desenvolvimento mais

equilibrado e podemos contribuir para a eliminação das assimetrias, garantindo os direitos que estão

consagrados a todos os portugueses.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Ainda para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Leite Ramos, quero saudá-lo pela sua

declaração política, pelas suas preocupações em torno das assimetrias territoriais, da coesão territorial, do

drama da interioridade.

O Sr. Deputado queixou-se de uma herança, mas a verdade é que a maioria tem uma mão cheia de nada.

Até poderia subscrever o diagnóstico que aqui fez — o problema do empobrecimento, a falta de recursos, o

despovoamento, o envelhecimento da população —, não fosse o Sr. Deputado considerar como vetor

importante para a correção das gravíssimas assimetrias o acesso aos serviços públicos.

Quero perguntar-lhe como é que pode fazer este discurso. Como é que sustenta este argumento? É que o

Sr. Deputado sabe que esta maioria deixou as autarquias financeiramente exauridas, este Governo mais não

fez do que fechar centros de saúde, postos de correios, finanças, escolas e, ao mesmo tempo, tribunais.

Quero perguntar-lhe se o Sr. Deputado é capaz de ir fazer este discurso a Viseu, se é capaz de ir dizer às

populações de Viseu que está muito preocupado com a interioridade, quando os tribunais são encerrados e

elas perdem, objetivamente, o acesso ao direito e aos tribunais. Ou se é capaz de o ir fazer, por exemplo, ao

distrito de Faro, se é capaz de ir a Monchique dizer às populações das aldeias do interior que vão ter de se

deslocar de véspera para poderem ir aos tribunais.

Portanto, explique-se, Sr. Deputado, porque, realmente, nós entendemos que os senhores estão num

percurso de pré-campanha eleitoral, mas não faz sentido vir falar em correção de assimetrias e em

preocupação com a interioridade, quando os senhores têm desfalcado o acesso das populações do interior

aos bens e serviços públicos que, afinal, tanto o preocupam.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Leite Ramos.

O Sr. Luís Leite Ramos (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

Deputadas Paula Santos e Cecília Honório,

agradeço muito as vossas questões.

Julgo que, nesta matéria, se partilhamos alguma análise dos sintomas, estamos, claramente, longe nos

diagnósticos e nas soluções para os problemas. E vou explicar-me.

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25 DE SETEMBRO DE 2014 53 A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, Sr.
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