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3 DE OUTUBRO DE 2014

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Ficou provado que é possível manter a rede, porque a rede, Sr. Deputado, é a mesma. A rede é a mesma,

mantendo uma coisa que o Sr. Secretário de Estado disse agora: o preço por quilómetro, por acaso, até vai

ser mais barato, mas o material circulante vai ter de ser melhorado. Ora, é trazendo os privados para este

esforço conjunto que conseguimos melhor eficiência e melhor eficácia.

Ainda é possível ter transportes públicos havendo sensibilidade social. Foi criado o Passe Social+ que se

dirige às pessoas que mais precisam, que têm baixas reformas, baixos rendimentos, porque está indexado ao

rendimento familiar.

Protestos do PCP.

Acho que até a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua concorda comigo. Deve querer que os filhos do grande

capital não andem de borla nos serviços públicos. É que esses podem pagar!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Esses pagam mais impostos!

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Mas se acha que também esses, os filhos do grande capital, têm direito

a andar de borla nos serviços públicos, então aí temos uma divergência. A minha opção é pelos mais fracos,

pelos que mais precisam e que têm mais necessidades financeiras.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino, dizendo que é possível melhorar a gestão do serviço público

de transportes e é possível respeitar os trabalhadores. Não houve, até agora, um único despedimento no setor

dos transportes, apenas houve rescisões amigáveis, de mútuo acordo. Este é um aspeto importante.

Protestos do PCP.

Partilho todas as preocupações, mas o nosso modelo, até agora, é muito mais eficiente, é muito mais

amigo do serviço público e é muito mais respeitador dos trabalhadores.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: Dirijo uma primeira

palavra aos Srs. Deputados do PSD e do CDS, que trouxeram um espantoso argumento para tentar justificar

esta política desastrosa do Governo. O argumento que trouxeram é o da dívida destas empresas, que é fruto

do subfinanciamento dos sucessivos governos, do PSD, do CDS, do PS, dos negócios ruinosos dos swaps

com centenas de milhões de euros pagos no ano passado para o cancelamento de swaps nas empresas do

metro de Lisboa e do Porto e que é fruto de um investimento em infraestruturas que os governos mandavam

fazer, e as empresas que depois fossem aos bancos buscar dinheiro.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Mas a pergunta que subsiste é esta: qual foi a evolução dessa dívida? É que

trouxeram aqui esse número gigantesco dos 17 mil milhões de euros de dívida no início deste Governo, mas

não disseram como é que está a dívida agora.

Srs. Deputados, é que a dívida, segundo os números mais recentes do fecho do ano passado, passou de

17 mil milhões para 20 mil milhões de euros, com o vosso Governo! Foi para isto que as pessoas ficaram sem

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