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I SÉRIE — NÚMERO 9

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Relativamente à questão colocada pela Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto sobre as doenças crónicas e

sobre o relatório da Gulbenkian…

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Queira terminar, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Presidente, posso acabar de responder a estas questões na minha

próxima intervenção?

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Sim, Sr. Ministro, nas respostas seguintes, poderá abranger alguma

questão que tenha deixado para trás, se assim o entender.

Tem, agora, a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado André Figueiredo.

O Sr. Nuno André Figueiredo (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr.

Ministro da Saúde, assistimos hoje aqui a um debate cujo tema, de facto, faz todo o sentido: preocupação em

relação ao passado, aos últimos três anos, uma total omissão sobre o presente e o desafio para a saúde que

passa pelo Partido Socialista no futuro. Sem dúvida, que o tema deste debate foi mesmo apropriado.

Acho que o Sr. Ministro, ultimamente, tem de se socorrer das intervenções que vêm da ala direita deste

Parlamento com rasgados elogios à sua governação.

O senhor foi o ministro que, durante os últimos três anos, sofreu as mais fundamentadas e visíveis greves

dos profissionais de saúde em Portugal: médicos, enfermeiros e tantos outros.

O Sr. Ministro assistiu impávido e sereno, com uma grande insensibilidade, quando tomou, digamos assim,

mão de uma caça às bruxas ao alterar a regulamentação do transporte de doentes e sinistrados, fazendo com

que muitos utentes, hoje, estejam doentes em casa e sem qualquer tipo de tratamento.

O Sr. Ministro assistiu impávido e sereno à emigração de centenas e centenas de enfermeiros e à

emigração de centenas de médicos e nada fez para que algo se resolvesse.

O Sr. Ministro assistiu à insolvência de farmácias, à falta de medicamentos nas farmácias, à insolvência de

laboratórios de análises clínicas e nada fez para que isso se resolvesse.

O Sr. Ministro suspendeu valências, encerrou extensões de centros de saúde, acabou por aumentar as filas

de espera e fazer com que os utentes vão para os centros de saúde de madrugada para obter uma simples

receita.

O Sr. Ministro foi insensível a tudo isso, como foi insensível a todas estas notícias que aqui tenho de

hospitais que cancelam cirurgias por falta de batas, por falta de recursos e de materiais. É esta a verdade do

que se passa no SNS! É um SNS incapaz de, neste momento, dar resposta ao que o País precisa e ao que as

pessoas precisam! É um SNS mais caro, inacessível e inibidor para todos os utentes, mau para Portugal e

mau para os portugueses. É este o seu SNS, Sr. Ministro. São estes os resultados da sua governação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Carla

Rodrigues.

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Quando, em 2011, o Sr. Ministro da Saúde assumiu esta pasta encontrou o SNS à beira do colapso.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Exato!

A Sr.ª Carla Rodrigues (PSD): — Sim, aqueles que se arrogam os defensores e os pais do SNS deixaram

o SNS com muito passado, é certo!, mas sem nenhum futuro.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — O pai do SNS tem nome!

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