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I SÉRIE — NÚMERO 16

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mãos do Estado para prosseguir aquela que foi sempre a sua tarefa: assegurar o desenvolvimento da nossa

economia, ser a maior exportadora e ser um contribuinte líquido da nossa economia.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias, do PCP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Não é tarefa fácil defender e desenvolver ao

nível da gestão uma companhia aérea de bandeira.

Consolidar a qualidade do serviço, crescer de uma forma sustentada, reforçar-se com novas gerações de

trabalhadores nas diversas áreas, tudo isto será difícil, mas é muito fácil desmantelar uma companhia aérea

de bandeira. É muito fácil, principalmente quando a única estratégia que se define é a de vender a companhia

dê lá por onde der. É esse o único mandato que o Governo deu à Administração da TAP: criar as condições

para que o Governo a possa vender.

Srs. Deputados, privatizar a TAP não é vender um anel, é cortar um dedo, ou mais. E a única forma de

garantir a continuidade e o futuro da TAP é manter a companhia na esfera pública.

Vozes do PCP: — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É manter a companhia ao serviço do povo e do País, uma companhia que seja

de todos nós e não daqueles que a possam comprar para ganhar os lucros com esse negócio.

O Sr. David Costa (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A TAP tem de estar ao nosso serviço, ao serviço de nós todos e tem de ser

uma companhia de nós todos, integralmente.

Nós não aceitamos a teoria das privatizações parciais, porque foi com esta teoria que a PT foi parar onde

foi.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A primeira fase de privatização da PT nem sequer foi com 49%, Srs.

Deputados, foi com 25% e acabou — acabou, vamos ver! —, ficou até agora no quadro em que se encontra.

Temos de salvaguardar a TAP, companhia inteiramente pública, ao serviço do povo e do País. É uma

condição não suficiente, mas necessária.

Ainda há pouco o Sr. Deputado do CDS que, defendendo a privatização, veio falar em melhorar o serviço e

em melhorar o handling. Do que o Sr. Deputado havia de se lembrar! Do que havia de se lembrar! Até parece

que não sabe o que se passou no handling desde que foi privatizado e entregue pelo Governo Paulo

Portas/Durão Barroso aos espanhóis da Globália! Foi de tal maneira que a TAP teve de renacionalizar a

companhia. Mais recentemente, foi, de novo, vendida e entregue a privados, à Urbanos, e os problemas

voltaram a surgir, tal como agora acontece de uma forma flagrante.

Srs. Deputados, quando vemos a situação em que a TAP está, dizemos que é preciso salvaguardar o

caráter público da companhia, mas também é necessário pôr um ponto final a esta política de sabotagem

económica e de terrorismo social que está a fazer sentir-se naquela empresa.

O Sr. António Filipe (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O que está a ser feito é um autêntico boicote por parte do Governo à

renovação dos quadros e ao recrutamento do pessoal, quando o Governo demora seis meses a autorizar um

concurso de admissão de trabalhadores, que fazem falta, para a companhia,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

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