O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 DE DEZEMBRO DE 2014

17

ideológico contra a presença do Estado em setores estratégicos para o País, preconceito ideológico contra um

Estado que defenda e salvaguarde os interesses estratégicos nacionais.

Temos um Governo e uma maioria que foram mais troiquistas do que a troica, um Governo que é mais

ultraliberal do que os próprios liberais.

O Partido Socialista não defende que tudo deva ser público, não diaboliza o investimento privado, antes

pelo contrário, mas também não defende que tudo deva ser privado, só porque sim, e não defende que o

Estado lave as mãos da defesa dos interesses estratégicos nacionais.

O Governo não legislou em tempo e de modo adequado para salvaguardar os interesses estratégicos

nacionais após a abolição da golden share. Tinha 90 dias, três meses, para legislar, e legislou ao fim de três

anos, sem consenso, sem diálogo e de um modo completamente inadequado. A Alemanha, por exemplo, e

outros países da União Europeia têm legislação que salvaguarda os interesses ao nível da defesa, da

segurança e do aprovisionamento, para cumprir a legislação comunitária, mas também ao nível da defesa da

política pública e do interesse público em setores estratégicos, o que, aqui, deveria e poderia aplicar-se.

Mas o Estado ainda pode, e deve, defender a Portugal Telecom, através das participações que tem e pode

mobilizar — através do Fundo de Resolução do Novo Banco, segurança social e Caixa Geral de Depósitos.

É isso que defendemos e é isso que propomos. E é isso que esperamos que os partidos da maioria ainda

viabilizem e que o Governo ainda faça, deixando de encolher os ombros, assobiar para o lado e defender

apenas e só uma profissão de fé nos mercados, não defendendo os interesses estratégicos nacionais.

Deixo uma última nota sobre os projetos apresentados pelo Partido Comunista Português e pelo Bloco de

Esquerda. Nós convergimos nas preocupações e respeitamos as posições que defendem, mas não as

acompanhamos em termos das soluções. Mas, naturalmente, poderemos ter convergências em termos daquilo

que é a defesa do interesse estratégico nacional que o Governo deveria prosseguir.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Afonso Oliveira.

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O debate sobre o papel do Estado

na economia, já aqui aflorado hoje, é da maior importância e sem dúvida enquadra muito o posicionamento

dos partidos neste Parlamento. Disso não temos dúvida.

Mas, sendo o nosso debate de hoje sobre a PT, importa dizer que a PT, sobre isso não temos dúvidas, é

uma empresa de referência no setor das telecomunicações,…

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Vamos ver até quando!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — … pela sua dimensão, pela importância que tem para o País e para os

seus trabalhadores, pelo emprego que cria e pelo que representa a própria PT ao longo dos anos de vida que

tem.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E vai daí?!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — Todos temos consciência da importância que tem a PT, não é isso que

está aqui em causa, hoje.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E vai daí?!

O Sr. Afonso Oliveira (PSD): — O que está aqui em causa, hoje, são propostas do Bloco de Esquerda, do

PCP e do PS para debatermos este caso da PT.

À semelhança do que defenderam em relação às empresas portuguesas no pós-25 de Abril, o Bloco de

Esquerda e o PCP vêm hoje propor um processo de nacionalização das empresas. Ora, isto não faz sentido!

Estamos perante uma empresa privada, pelo que essa proposta não faz qualquer sentido.

Páginas Relacionadas
Página 0003:
6 DE DEZEMBRO DE 2014 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, está aberta a sessão.
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 27 4 Seja-me permitido um comentário: o recenseament
Pág.Página 4
Página 0005:
6 DE DEZEMBRO DE 2014 5 Por todas estas razões, o nosso voto será favorável.
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 27 6 particularmente relevante reconhecer que a cadu
Pág.Página 6
Página 0007:
6 DE DEZEMBRO DE 2014 7 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, não havendo mais inscr
Pág.Página 7