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I SÉRIE — NÚMERO 51

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Como todos sabem, a moldura deste debate comporta uma fase de encerramento formal, no qual, primeiro,

usará da palavra o representante do Governo e, por último, um Deputado do Grupo Parlamentar que solicitou

este debate, neste caso o PS.

Assim sendo, vou dar de novo a palavra ao Sr. Ministro da Economia para intervir no encerramento deste

debate.

O Sr. Ministro da Economia: — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O Partido Socialista convocou

este debate para acusar o Governo de não ter feito o seu trabalho na construção de uma agenda de

crescimento para o País.

Creio, no entanto, que resulta deste debate uma demonstração cabal de que o Partido Socialista não

aproveitou o tempo em que é oposição para fazer uma reflexão, uma introspeção, sobre aquilo que foram as

suas responsabilidades para que o País, em 2011, conhecesse o estado de anemia económica e de

incapacidade de financiamento que nos levou ao pedido de assistência financeira.

O Partido Socialista, no afã de querer disputar eleições, apresenta-se com um discurso que não inova e

que vai buscar as suas raízes à tradição de um passado recente que marcas sociais tão profundas e tão

negativas deixou em Portugal e nos portugueses.

O que resulta deste debate é a ideia de que o Partido Socialista decidiu profissionalizar-se como oposição,

em vez de representar e apresentar uma alternativa credível para o País e diferente daquilo que nós,

portugueses, conhecemos durante o período de 2005 a 2011. O Partido Socialista prefere atacar o Governo

revelando uma confrangedora falta de memória e demitindo-se de qualquer responsabilidade sobre os

sacrifícios impostos ao País e aos portugueses como consequência da sua irresponsabilidade política e

financeira.

O discurso do Partido Socialista, neste afã de criticar, chega a causar uma enorme perplexidade, porque ao

mesmo tempo que defende a bondade económica dos tempos que vivemos em 2006, em 2007, quando o

défice externo era o que era, ou em 2010 e até em 2011, naquilo que lhe competia de responsabilidades —

chegámos a ouvir aqui hoje um elogio do crescimento económico que o País teve em 2010 —, acusa o

Governo de não o ter transformado.

O Sr. João Galamba (PS): — Apenas comparei!

O Sr. Ministro da Economia: — A principal crítica que o Partido Socialista faz ao Governo é de não ter

conseguido fazer uma transformação do nosso modelo económico, do modelo económico nacional, quando,

ao mesmo tempo, defende esse modelo.

Mas, afinal, se nós não tivemos sucesso a mudar a estrutura da economia portuguesa, o Partido Socialista

critica-nos de quê? Se fosse verdade aquilo que os senhores dizem, a nossa economia estaria com o mesmo

modelo que os senhores protagonizaram e defenderam enquanto foram Governo.

Felizmente que isto não é verdade, porque há uma grande diferença entre ter uma economia que exporta

30% do PIB e uma economia que exporta 40% ou 41% do PIB.

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): — Se o PIB não baixar!

O Sr. Ministro da Economia: — O PIB não baixou em valor nominal. As exportações, Sr. Deputado e líder

parlamentar do Partido Socialista, passaram de 57 000 milhões de euros para 70 000 milhões de euros em

2014.

As importações mantiveram-se, mas o défice comercial foi totalmente corrigido pela evolução das

exportações.

O Sr. João Galamba (PS): — Agora está a corrigir!

O Sr. Ministro da Economia: — E as exportações deram um salto superior a 13 000 milhões de euros,

face a 2008, que foi o melhor ano do Partido Socialista — 13 000 milhões de euros mais do que o melhor ano

do Partido Socialista —, e mesmo assim os senhores acusam-nos de este ser um ano mau!

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