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I SÉRIE — NÚMERO 54

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O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Sérgio Sousa Pinto.

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Costa Neves, concordo tanto com

tudo o que afirmou que tenho de me conter para não lhe bater palmas.

A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Bata!

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Peço-lhe que ouça a resposta que vou dar ao Sr. Deputado Luís Filipe

Soares e, no fim, voltarei ao assunto, não para lhe responder a si, mas para responder ao seu partido.

Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, queria dizer-lhe o seguinte: quanto às condições internacionais na União

Europeia, é muito difícil discutirem-se soluções realistas e suscetíveis de resolver os problemas europeus que

são relacionados com os tais impactos diferenciados que a união monetária trouxe e que não eram previsíveis.

É um debate muito difícil.

Sr. Deputado Pedro Filipe Soares, referiu-se a outros partidos socialistas europeus e posso dizer-lhe, com

franqueza, que os pontos de vista são muito diferentes.

Também lhe queria dizer — e digo-o porque, tendo simpatia pela coragem da Grécia, não tenho simpatia

pelas soluções suscitadas pelo partido Syriza, que o Sr. Deputado apoia —, com toda a franqueza, com um

grande sentido patriótico e de realismo, que não existe a mínima abertura para discussões sobre a dívida, não

existe a mínima abertura para aceitarem que as dificuldades do sul ainda são consequência e partem da crise

do euro. Acham que o problema grego é grego — o problema do euro está admiravelmente resolvido! — e

existe pouquíssimo espaço para reconhecer a existência de impactos assimétricos e para reconhecer que há

problemas sistémicos da zona monetária que têm de ser resolvidos, como disse o Sr. Deputado Costa Neves

nos últimos segundos da sua intervenção, através de medidas de compensações financeiras que vão ter de

ser estudadas para tornar viável a existência de economias tão diferentes numa mesma zona monetária.

Espero ter respondido às questões que me colocaram.

Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, não levo a mal que me pergunte se falei em meu nome ou em nome do

meu partido, por isso também não me vai levar a mal se lhe perguntar se acha justo que, depois de responder

ao PCP, ainda tenha de lhe responder a si. Não acho que seja justo, mas vou responder-lhe.

Risos do PS.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Acho que deve responder!

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Falei em meu nome e em nome do meu partido, porque nós, no PS,

ainda não atingimos um estado de osmose tão perfeita quanto a de Os Verdes e do PCP.

Srs. Deputados do PSD, ilustres colegas, gostaria de fazer duas ou três considerações em jeito de

resposta.

Toda a gente sabe que o PSD e o CDS estão bloqueados em 2011 e não há maneira de desbloqueá-los.

Não se espere de mim que consiga o que as demais bancadas desta Assembleia, em quatro anos, não

conseguiram. Estão ali e dali não saem! Estão em 2011!

Para ajudar a dar o salto temporal que se impõe e a travarem um debate próprio de 2015, relembro-vos,

sucintamente, o seguinte: em 2011, havia um Governo do Partido Socialista que foi derrubado pelos senhores

e, especialmente, pelo Sr. Presidente da República, com o argumento de que o País não suportava mais

sacríficos e mais austeridade. Então, o Presidente e o PSD ofereceram à pátria o Dr. Portas e o Dr. Passos e,

desde então, temos vivido como podemos. Este foi um breve resumo dos últimos quatro anos para podermos

aterrar na era contemporânea.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É que com o António Costa fica-se muito melhor!…

O Sr. Sérgio Sousa Pinto (PS): — Ora, Srs. Deputados, quanto às admiráveis fantasias da direita, a minha

preferida é a de estarem convencidos de que é a vossa admirável governação que tem feito baixar as taxas de

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