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I SÉRIE — NÚMERO 54

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Partido Socialista pretende fazer para ajudar a incrementar o turismo a nível nacional? É tão simples quanto

esta a diferença que há entre este Governo de maioria e o Governo do Partido Socialista.

Vale ainda a pena frisar, Sr. Deputado, que este setor cresceu, relativamente a 2013, 12,4%; representa

uma receita na ordem dos 10,4 mil milhões de euros comparada com a receita de 7,6 mil milhões, que era a

de 2010. É, de facto, um setor em que vale a pena apostar, é um setor que vale a pena não taxar, como o Dr.

António Costa defende, é um setor que representa 15% das nossas exportações.

Sr. Deputado Hélder Amaral, esta é a grande diferença entre esta maioria e o Partido Socialista. Não se vê

da parte do Partido Socialista algum dado que seja meritório nestes dados estatísticos que nós conhecemos,

não vimos nenhuma declaração sequer a enaltecer o poder dos empresários e a capacidade que tiveram de

reinventar este setor e de ajudar a economia portuguesa.

Sr. Deputado, são estas as considerações que tenho a fazer.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Sr. Deputado, quero cumprimentá-lo porque conseguiu cumprir o

tempo de que dispunha.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hélder Amaral, turismo mês sim,

agricultura mês não. É mais ou menos o historial das declarações políticas do CDS que, sempre que pode,

autonomiza-se do PSD e vem aqui afirmar as suas bandeiras, pelo menos aquelas bandeiras que não deixou

cair, como o caso do visto de família.

É inegável, Srs. Deputados, que o turismo tem crescido. E até digo mais: é provável que venha a crescer

ainda mais por causa da desvalorização do euro.

As perguntas que se colocam são as seguintes: que país é que o CDS e o PSD prometeram? Que País

somos hoje? Que País queremos ser? É porque não nos prometeram, nem queremos ser, um País que

depende do turismo, um País em que a atividade do turismo, por boa que seja em certa medida… França é o

país da Europa que mais turismo tem, mas é dos países que menos depende do turismo em percentagem do

PIB. Não queremos um País em que o turismo cresce e apaga a falta de investimento, apaga a falta de

produção, apaga a recuperação do tecido produtivo e apaga o investimento em atividades de valor

acrescentado e qualificação, que é isso que faz falta. Esse, sim, é o problema estrutural da economia

portuguesa, é o problema da economia nova que o PSD e o CDS prometeram mas não entregaram.

Hoje temos perspetivas negativas para o investimento, de tal forma que o Primeiro-Ministro sentiu a

necessidade de, mais uma vez, vir fazer uma afirmação, errada, de que o investimento estava a crescer mais

do que o consumo duradouro. Já foi desmentido, porque era errado, os números eram falsos. O que temos é

um inquérito ao investimento que nos aponta perspetivas negativas do investimento. O que temos é uma

balança de bens que, apesar de em algumas áreas ter crescido, tem um défice de 10 000 milhões de euros e

que é compensada pelos serviços, e no setor dos serviços tudo decresce menos o turismo. O turismo é a

única área que cresce e, por isso, Sr. Deputado, a pergunta não é porque cresce o turismo, a pergunta é por

que é nada mais cresce a não ser o turismo. E se nós queremos pensar na estrutura da economia e no futuro

do País esta é a pergunta a que temos de responder.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Miranda Calha): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, queria agradecer as perguntas da Sr.ª Deputada

Mariana Mortágua e do Sr. Deputado Nuno Encarnação, a quem até agradeço a forma simpática com que se

dirigiu ao parceiro de coligação.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!

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