O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

29 DE MAIO DE 2015

17

precisa que haja quem faça cumprir a lei. Por isso, pergunto-lhe: está ou não o Governo disponível para

contratar os 200 inspetores que faltam na ACT?

Sr. Ministro, a precariedade hoje significa, em grande medida, que Portugal se transformou num país de

delinquência laboral em escala alargada e o seu Governo é responsável por isso.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada Lurdes Ribeiro.

A Sr.ª Lurdes Ribeiro (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, o PCP

defende que para necessidades permanentes têm que responder vínculos efetivos, tal como decorre da

Constituição da República Portuguesa.

No entanto, o que há em toda a Administração Pública, no patrão-Estado, são milhares de trabalhadores

com vínculo precário, nomeadamente nas escolas.

Nós acreditamos que seja o Ministério da Educação que mais tenha contratos de emprego-inserção e

contratos a termo. Não é que tenhamos números, visto que já os solicitámos várias vezes ao Sr. Ministro da

Educação, mas ele sempre se recusou a responder.

Vozes do PCP: — É o costume!

A Sr.ª Lurdes Ribeiro (PCP): — Podemos dar como exemplo algumas escolas em que o número de

contratos de emprego-inserção e contrato à hora, por um período sazonal, são mais do que muitos, como a

maioria das escolas dos concelhos de Santo Tirso e da Maia. Por exemplo, a escola da Maia Agrupamento

Gonçalo Mendes da Maia, que VV. Ex.as

pretendem municipalizar, tem mais de 30 contratos de emprego-

inserção. O Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 2, em Gondomar, tem também mais de 20 contratos de

emprego-inserção; na sua sede são mais os contratos de emprego-inserção do que propriamente os

assistentes operacionais efetivos. Estamos a falar de pessoal não docente, mas os professores contratados,

como sabem, são mais que muitos e também são muitos os anos em que estes profissionais estão nesta

situação de instabilidade profissional e pessoal.

Gostaríamos de perguntar ao Sr. Ministro qual é o número de contratos de emprego-inserção e de

contratos a termo que existem em toda a Administração Pública e por ministérios. Se continuarmos sem esta

resposta, somos obrigados a acreditar que o Governo quer deliberadamente esconder estes números. Para

quando a abertura de procedimentos concursais para a admissão de trabalhadores com vínculo efetivo para

ocupar todos os postos de trabalho que correspondem a necessidades permanentes dos serviços públicos?

Aplausos do PCP e de Os Verdes.

A Sr.ª Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Barata

Lopes.

A Sr.ª Joana Barata Lopes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança

Social, neste debate sobre precariedade temos sempre problemas em perceber do que é que o Bloco de

Esquerda quer falar. Aliás, isso ficou claro nesta primeira parte do debate, desde logo porque se introduzem, à

mistura, nesta temática, que deve ser pensada e discutida seriamente, as questões ilegais. Ou seja, matéria

que é ilegal e que é tratada como ilegal é aqui misturada como se fosse uma política normal ou dependesse

da vontade de uns ou de outros. Este é o primeiro problema e invalida logo que se tenha uma perceção séria

daquilo que se quer discutir. Não é sério que se fale de precariedade, usando aqui os slogans que melhor

cairão na propaganda que queremos fazer.

Ainda agora o Sr. Deputado José Moura Soeiro falava na questão dos estágios. Peço ao Sr. Ministro que

esclareça melhor que, se esse tipo de valores está no site do IEFP, tem necessariamente de corresponder a

tempo parcial, porque, segundo as regras, não é possível que não corresponda. Mas isso nunca é dito, porque

o que importa, Sr. Ministro, é passar a ideia do medo e do drama. Não querem saber aquilo que sentem ou

Páginas Relacionadas
Página 0002:
I SÉRIE — NÚMERO 92 2 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jorna
Pág.Página 2
Página 0003:
29 DE MAIO DE 2015 3 contrário, a precariedade é uma escolha política com um objeti
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 92 4 A segunda característica do Portugal precário é
Pág.Página 4
Página 0005:
29 DE MAIO DE 2015 5 Acabe-se com os falsos recibos verdes e crie-se um regime just
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 92 6 Esses efeitos positivos surgem pela capacidade
Pág.Página 6
Página 0007:
29 DE MAIO DE 2015 7 Sr.as e Srs. Deputados: Temos, pois, como vos dizia, ma
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 92 8 Sr.as e Srs. Deputados: Continuo a dizer
Pág.Página 8
Página 0009:
29 DE MAIO DE 2015 9 Depois, mais recentemente, e utilizando a mesma fonte, o Sr. M
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 92 10 Portanto, era bom que começasse por esclarecer
Pág.Página 10
Página 0011:
29 DE MAIO DE 2015 11 os portugueses acreditem no vosso discurso de preocupação com
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 92 12 Estas medidas caracterizam-se por ter as segui
Pág.Página 12
Página 0013:
29 DE MAIO DE 2015 13 Quanto ao trabalho temporário, que só é flexível porque promo
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 92 14 Respondendo também ao Deputado José Luís Ferre
Pág.Página 14
Página 0015:
29 DE MAIO DE 2015 15 Sr. Deputado, gostava que fizesse um raciocínio comigo: ouvi,
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 92 16 Também sabemos que, do ponto de vista das polí
Pág.Página 16
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 92 18 pensam os portugueses, o que querem é dizer qu
Pág.Página 18
Página 0019:
29 DE MAIO DE 2015 19 A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. M
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 92 20 A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr.ª Presidente,
Pág.Página 20
Página 0021:
29 DE MAIO DE 2015 21 O Sr. Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social:
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 92 22 verdadeiramente, acontecia. Foi esta maioria,
Pág.Página 22
Página 0023:
29 DE MAIO DE 2015 23 Aplausos do PS. De alguma forma, a preca
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 92 24 Mas, acima de tudo, temos de olhar para
Pág.Página 24
Página 0025:
29 DE MAIO DE 2015 25 O Partido Socialista sempre esquece convenientemente este fac
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 92 26 A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Mas porque
Pág.Página 26
Página 0027:
29 DE MAIO DE 2015 27 A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): -- Não é verdade! Is
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 92 28 O Sr. Pedro Roque (PSD): — Ex.ma
Pág.Página 28
Página 0029:
29 DE MAIO DE 2015 29 demonstra o último relatório da Organização Internacional do
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 92 30 O Sr. Pedro Roque (PSD): — De resto, na sequên
Pág.Página 30
Página 0031:
29 DE MAIO DE 2015 31 segurança e garantias ligadas à perspetiva de alguma estabili
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 92 32 Tem sido um caminho duro e árduo, com sacrifíc
Pág.Página 32
Página 0033:
29 DE MAIO DE 2015 33 O Sr. DavidCosta (PCP): — Bem lembrado!
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 92 34 Portanto, o Governo vai inscrever-se. Ainda nã
Pág.Página 34
Página 0035:
29 DE MAIO DE 2015 35 O Sr. João Oliveira (PCP): — Os trabalhadores precários vivem
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 92 36 Pública que, no antecedente, não dispúnhamos —
Pág.Página 36
Página 0037:
29 DE MAIO DE 2015 37 âmbito da Administração Pública. Não vou fazer, naturalmente,
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 92 38 Faça favor, Sr. Deputado. O Sr.
Pág.Página 38
Página 0039:
29 DE MAIO DE 2015 39 A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr. Presidente, Sr. Secretário
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 92 40 O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presiden
Pág.Página 40
Página 0041:
29 DE MAIO DE 2015 41 Há uma rapper chamada Capicua que tem uma música intitulada O
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 92 42 O Sr. Secretário de Estado do Emprego: — Ora,
Pág.Página 42
Página 0043:
29 DE MAIO DE 2015 43 Mas não é só mais emprego. O desemprego está ainda num nível
Pág.Página 43