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I SÉRIE — NÚMERO 27

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O Sr. Pedro Roque (PSD): — … opta por uma irresponsável fuga para diante, em busca de uma mirífica

inversão nas sondagens, e a precipitação das eleições, que, desta vez, possam tentar legitimar a sua

governação. É que a chuva de críticas internacionais às políticas do Governo e o modo leviano como está a

pôr em causa aquilo que, com tanto esforço, foi obtido por Portugal não são sinais muito tranquilizadores. Os

sinais da formação de uma eventual tempestade perfeita começam a formar-se e já há quem nos compare a

uma segunda Grécia, pelo que convirá, de modo realista, ter sempre em conta que «do Capitólio à Rocha

Tarpeia» não vai mais do que um pequeno passo.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Sr. Deputado, agradeço-lhe que atenda ao apelo da Mesa e faça o

favor de concluir.

O Sr. Pedro Roque (PSD): — Termino mesmo, Sr. Presidente, dizendo que esperamos, sinceramente, e

em nome do interesse nacional, e sobretudo no dos socialmente mais desfavorecidos, que tal não venha a

suceder a Portugal.

Muito obrigado pela tolerância, Sr. Presidente.

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Jorge Lacão): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Tiago Barbosa

Ribeiro.

O Sr. Tiago Barbosa Ribeiro (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados: O

debate desta tarde sobre reposição dos complementos sociais e combate à pobreza é de suprema importância

no contexto do novo ciclo que vivemos. Ele demonstra, de forma muito clara, que, finalmente, temos hoje um

Governo de desempobrecimento nacional. Não é coisa pouca!

Aplausos do PS.

Essa nova orientação, que valoriza os rendimentos e o combate a pobreza, é fundamental para uma

política decente, ao serviço das pessoas e de quem mais precisa. Mas não é possível fazê-lo sem

demonstrarmos aquela que foi a propaganda da direita, ao longo da última Legislatura: o guião foi sempre o

mesmo — tudo parecia indo a construção, mas era já ruina! O seu modelo de País baseou-se sempre,

sempre, numa política de desvalorização interna, atacando os rendimentos do trabalho e os mínimos sociais.

Se a realidade não «batia» com o Excel, a realidade, «obviamente», é que estava errada;…

Protestos do PSD.

… se a irrevogabilidade presumia um carater definitivo, o dicionário, «obviamente», é que foi revogado; a

ortodoxia ideológica é que foi sempre mais forte do que o bom senso das evidências e da proteção dos mais

desfavorecidos. Essa foi uma opção!

Aplausos do PS.

Foi uma opção da direita, que foi sempre executada com especial zelo e dedicação, ao serviço de um País

mais injusto, mais desigual e, certamente, um País muito mais arbitrário.

Aplausos do PS e de Deputados do BE.

Sr.as

e Srs. Deputados, essa foi também uma opção baseada no mais profundo cinismo dos anteriores

governantes, alguns deles aqui hoje sentados, porque empobreceram, enquanto falavam de combate à

pobreza; porque tornavam o País mais injusto falando de justiça social; porque falavam de idosos, enquanto o

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