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I SÉRIE — NÚMERO 36

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(investigação e desenvolvimento), a despesa pública incentiva a despesa privada e o desinvestimento público,

como tivemos na última Legislatura, arrasta o desinvestimento privado.

Vem isto a propósito das indicações que nos deixou o Sr. Ministro da Ciência acerca da estratégia de

modernização e valorização do ensino politécnico, indicando que ela passa, também, pelo reforço das

atividades de I&D baseadas na experiência, onde cada politécnico valoriza as suas competências específicas

e as coloca em fase com as especificidades do tecido económico e social em que se inscreve. Trabalhar pela

positiva com a diversidade das instituições é o caminho certo para um Portugal do conhecimento, para

estimular o desenvolvimento regional, por via de processos de mudança organizacional capazes de induzir e

de sustentar práticas de aumento do valor acrescentado e de dinamização da inovação.

Termino, Srs. Deputados e Srs. Membros do Governo, testemunhando que sinto que José Mariano Gago, o

cientista, o humanista, o professor, o político, teria gostado de assistir a este debate. Tenho saudades de ter o

seu conselho, de quando me dizia, num qualquer sábado de manhã na Rua Anchieta, se aquela tradução de

poemas de Goethe era ou não uma tradução aconselhável.

Vinte e seis anos depois do Manifesto para a Ciência em Portugal, se José Mariano Gago estivesse hoje

aqui aplaudiria o que a equipa do Ministério da Ciência nos veio dizer, e, com ele, também nós a aplaudimos e

saudamos.

Aplausos do PS e do Deputado do BE José Manuel Pureza.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção de encerramento, o Sr. Deputado Duarte Filipe

Marques.

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo:

Ao tomar a palavra para, em nome do PSD, encerrar este debate não podia deixar de destacar os números do

abandono escolar hoje divulgados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), pelos quais todos nos devemos

congratular. São enormes os progressos conseguidos pela escola portuguesa nos últimos anos, tendo em

conta o dado que acaba de ser verificado: a grande redução do abandono escolar precoce. É uma redução

encorajadora, pois, a prosseguirmos neste ritmo, conseguiremos, com certeza, ir além da meta europeia dos

10% para 2020, o que ainda há cinco anos parecia difícil de alcançar.

Não nos esqueçamos que, em 2011, o abandono escolar estava em 23% e que, agora, a escola

portuguesa conseguiu ficar abaixo dos 14%. Isto é defender a escola pública.

Protestos da Deputada do PS Gabriela Canavilhas.

Sr.as

e Srs. Deputados, não nos esqueçamos da evolução que o País teve neste sector e de que todos nos

devemos congratular — escola, alunos, professores, pais, encarregados de educação.

Mas, regressando a este debate que agora se encerra, fica claro que afinal, após quatro anos de

propaganda do status quo contra a reforma levada a cabo pelo anterior Governo, a ciência em Portugal não

andou para trás, evoluiu. Ou evoluía. Ou, pelo menos, mudou até agora.

Os nossos centros de investigação ganharam competitividade internacional, graças a uma reestruturação e

concentração levada a cabo pelo Governo anterior neste sector.

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Ainda vão a tempo!

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Portugal deixou de ser um contribuinte líquido em matéria de

ciência, passámos a obter mais financiamento externo, a ganhar mais concursos internacionais, a ombrear

com os melhores centros internacionais.

Digam-me, Srs. Deputados: é com a ciência destruída que obtemos melhores resultados do que no

passado? É com a destruição do sector que conseguimos resultados nunca antes alcançados no exterior?

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Podia ter feito essa pergunta antes!

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