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22 DE ABRIL DE 2016

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Queremos que o Governo, juntamente com as administrações regionais de saúde, os agrupamentos de

centros de saúde e as unidades hospitalares instaladas se articulem para concretizar estes objetivos. E

queremos, efetivamente, que estes objetivos passem do papel para o terreno, que não fiquem num mero

despacho, que as medidas sejam efetivamente aplicadas e que cheguem às pessoas.

Queremos tudo isto porque sabemos que, alargando o rastreio, a sua taxa de cobertura e de adesão, estamos

a contribuir para reduzir no nosso País a mortalidade associada a doenças oncológicas e para aumentar as

taxas de sobrevivência, os anos de vida e a qualidade de vida das pessoas que, a determinada altura, são

confrontadas com esta batalha gigante que é a batalha contra o cancro.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para fazer a apresentação do projeto de resolução n.º 255/XIII (1.ª),

tem a palavra o Sr. Deputado André Silva.

O Sr. André Silva (PAN): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O cancro colo-retal tem tido uma

incidência crescente no nosso País, sendo atualmente o tumor maligno mais frequente do aparelho digestivo.

Segundo a Agência Internacional de Investigação do Cancro (AIIC), o cancro do colo-retal é a terceira causa

de morte por cancro em todo o mundo.

Os dados constantes do relatório oncológico nacional demonstram que atualmente, em Portugal, esta

patologia é a segunda forma de cancro mais frequente, matando cerca de 11 pessoas por dia.

Neste sentido, é necessário implementar no nosso País um plano de rastreio eficaz que permita uma deteção

antecipada da doença antes do aparecimento de sintomas, de modo a aumentar a probabilidade de recuperação

do doente.

A par do rastreio são conhecidos fatores de risco que aumentam a possibilidade de desenvolver este tipo de

cancro. Entre eles, encontram-se fatores como a reduzida atividade física ou uma dieta rica em gorduras e pobre

em fibras.

Em 2015, o mundo foi forçado a parar para refletir sobre o consumo de carne vermelha e processada. Um

relatório da Agência Internacional de Investigação do Cancro, organismo da Organização Mundial de Saúde,

publicado naquela data, veio oficializar dados que a ciência tem vindo a reunir ao longo de vários anos,

respeitantes aos efeitos negativos para a saúde do elevado consumo de carne vermelha e de carne processada.

Tendo por base mais de 800 estudos científicos já publicados, os 22 especialistas de 10 países que integraram

o grupo de trabalho da Agência Internacional de Investigação do Cancro concluíram que este aumenta o risco

de cancro do colo-retal.

A carne processada foi incluída no grupo de fatores «carcinogéneos para o ser humano», estando em causa

a existência de «evidências suficientes de efeitos carcinogéneos no ser humano».

Os recentes manuais Alimentação vegetariana em idade escolar e Linhas de orientação para uma

alimentação vegetariana saudável, publicados pela Direção-Geral da Saúde, defendem que, e passo a citar:

«As populações com consumos elevados ou exclusivos de produtos de origem vegetal parecem ter menor

probabilidade de contraírem doenças crónicas, como doença cardiovascular, certos tipos de cancro, diabetes e

obesidade».

Posto isto, é evidente a urgência de promover a qualidade alimentar dos nossos cidadãos, bem como de

intensificar o rastreio desta patologia.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Srs. Deputados, vamos entrar no período das intervenções, sem

apresentação de iniciativa legislativa.

Pelo Partido Socialista, tem a palavra o Sr. Deputado António Sales.

O Sr. António Sales (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: As doenças oncológicas são uma das

causas de maior mortalidade entre a população portuguesa. É urgente perceber as causas, sinalizar

precocemente e intervir de forma a inverter a tendência.

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