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7 DE JULHO DE 2016

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Portanto, ponha as culpas em quem quiser, mas, Sr. Deputado, não está arrependido de não querer criar

esta comissão para podermos discutir o sistema público de segurança social? Com compromisso, Sr. Deputado!

É como lhe digo: o Sr. Deputado quer dizer que a culpa foi toda nossa e não foi vossa?! É o que quiser! Os

portugueses julgam na hora das eleições — já julgaram, se bem se lembra — e julgarão, com certeza,

novamente.

Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, pergunto: o Partido Socialista não está arrependido da opção que tomou

quando escolheu deixar para «passa-culpas» esta que é a sustentabilidade das reformas?

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado

Filipe Anacoreta Correia.

O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Tiago Barbosa Ribeiro, começo

por agradecer a disponibilidade que teve e manifestou aqui de ser núncio do CDS sobre as notícias e propostas

do CDS. Apesar de agradecer essa sua disponibilidade, começo precisamente por negar frontalmente essa

notícia que aqui referiu: o CDS não desistiu, hoje, de coisa nenhuma.

O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — O que o CDS aqui fez foi uma coisa que, creio, os portugueses

pedem que por uma vez façamos todos juntos: olharmos para os problemas concretos que existem e

esquecermos o passado, as invocações que fazemos, e todos temos razões de queixa. O Sr. Deputado também

disse aqui que somos a favor da privatização da segurança social e nunca fomos a favor da privatização da

segurança social. Mas os senhores, ao promoverem a aplicação do fundo da segurança social para a

reabilitação, estão, sim, a promover a privatização da segurança social.

Aplausos do CDS-PP.

Mas, por uma vez, esqueçamos esta visão tribal das coisas. Há um problema ou não há? Quando uma família

que tem um rendimento de 1200 € por mês quer saber quanto é que vai receber de pensão e não tem ideia,

pergunto: isto é ou não importante? É ou não importante, independentemente de sermos de esquerda ou de

direita? É ou não importante, com as regras atuais, esclarecer as pessoas? Acho que é, acho que todos achamos

e temos de nos unir em relação a isto.

O segundo problema também é muito concreto: quem porventura descobrir que vai receber menos do que

aquilo que pensou, tem de encontrar soluções. Devemos ou não estar ao lado das pessoas que querem

soluções? O que o CDS aqui apresentou foi um caminho, uma proposta.

Por que é que não somos capazes de nos entender se este é um problema tão concreto e que diz respeito

a todos os portugueses? Amanhã seremos nós pensionistas!

Termino, Sr. Deputado, fazendo-lhe um desafio. O Sr. Deputado foi claro, creio eu, na sua intervenção, ao

dizer que estava de acordo com alguns aspetos do nosso diploma. Lanço-lhe o desafio: viabilize-o!

O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — Claro!

O Sr. FilipeAnacoretaCorreia (CDS-PP): — Viabilize-o! Discutamos na comissão, em especialidade, o que

entender, mas viabilize-o. É este o nosso apelo, que é um apelo de entendimento alargado, porque os

portugueses pedem-nos que saibamos resolver estes problemas e é este o contributo que o CDS aqui faz.

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

O Sr. Presidente (José de Matos Correia): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Tiago Barbosa

Ribeiro.

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