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I SÉRIE — NÚMERO 89

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Como eu estava a dizer, os problemas têm de ser vistos de uma forma integrada. É, talvez, o distrito melhor

apetrechado de infraestruturas, temos quatro hospitais, e, por isso, é necessário continuar o esforço feito nos

últimos anos para a solução dos problemas identificados e para melhorar a articulação entre as várias unidades

de saúde.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — É a vez do Sr. Deputado António Filipe, do Grupo Parlamentar do PCP, intervir.

Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Uma primeira palavra para saudar os

signatários desta petição em defesa do Hospital de Santarém, da respetiva maternidade e dos cuidados que aí

são prestados às populações, mas também chamando a atenção para o grave problema da falta de médicos de

família ao nível dos cuidados de saúde primários. Estamos a falar de uma população de 200 000 utentes, de

nove concelhos, e entre os quais existem, segundo números oficiais, 34 316 utentes que não têm médico de

família.

O que se pretende, com esta petição, e que o PCP assume através do projeto de resolução que hoje submete

a votação, é que, em primeiro lugar, seja dada total urgência à construção do novo bloco operatório do Hospital

de Santarém, que se encontra, desde há muito, projetado mas que ainda não teve concretização.

Pretende-se também que sejam contratados os profissionais necessários para que o Hospital de Santarém

possa cumprir mais eficazmente as suas funções, designadamente ao nível das especialidades, das consultas

externas, que têm atrasos dramáticos, pretendendo-se recuperar as cerca de 3500 cirurgias identificadas como

necessárias, mas também que sejam reabertas extensões de saúde que foram, entretanto, encerradas na área

da Lezíria do Tejo, por forma a que os utentes possam ter acesso a médicos de família, podendo assim

contribuir-se, obviamente, para que haja um melhor serviço de prestação de cuidados de saúde de proximidade

e que isso possa igualmente contribuir para aliviar a situação caótica que se verifica ao nível das urgências nesta

unidade hospitalar.

Portanto, em nosso entender, a situação da saúde na Lezíria do Tejo apresenta graves carências que têm

urgentemente de ser colmatadas e é nesse sentido que o PCP, correspondendo à reivindicação dos

peticionários, apresenta hoje um projeto de resolução.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Matias, do Grupo

Parlamentar do Bloco de Esquerda.

O Sr. Carlos Matias (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Hospital Distrital de Santarém

assegura a prestação de cuidados hospitalares a populações residentes numa vasta área do distrito de

Santarém, correspondente, aproximadamente, à NUTS III, Lezíria do Tejo. Aí reside uma população com

elevados índices de envelhecimento, com patologias específicas desse nível etário a exigirem assistência muito

frequente e de proximidade.

A área geográfica coberta pelo Hospital é, além disso, de povoamento algo disperso, em alguns casos

marcada por distâncias muito elevadas, e estende-se pelas duas margens do Tejo, um rio que, em caso de

cheias, se constitui como uma barreira dificilmente transponível. Já ocorreu várias vezes no passado — e,

provavelmente, um dia destes voltará a acontecer —, com o corte da estrada entre Almeirim e Santarém, ficar

impossibilitado o acesso ao Hospital por parte das populações da margem esquerda do Tejo.

Em quaisquer circunstâncias, este singular quadro geográfico e demográfico sempre dificultaria a prestação

de cuidados primários de saúde em proximidade, ao nível dos cuidados de saúde primários.

Mas o problema é ainda agravado pela sistemática falta de médicos de família e pela própria incapacidade

de os formar na região ao ritmo que seria necessário.

Como se compreende, as enormes e recorrentes dificuldades ao nível dos cuidados de saúde primários

repercutem-se inevitavelmente no esforço acrescido exigido ao Hospital Distrital de Santarém, antes de mais na

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