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I SÉRIE — NÚMERO 5

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Importaria que, ao menos, salvaguardassem os direitos adquiridos dos trabalhadores que aderiram a este

regime. O que vai acontecer aos trabalhadores que, entretanto, aderiram ao regime, voluntariamente, e que têm

a expectativa de se desvincular da Administração Pública com a compensação que está prevista na lei?

A resposta, de acordo com as propostas que estão aqui em discussão, parece ser a perda daquilo que eles

legitimamente esperam. E aqui tem de se dizer: «Não se corte tudo!», mesmo quando apenas se quer cortar o

nome! É inegável, mesmo por parte de quem o conteste, que o regime em questão tem coisas boas. Aliás, basta

ler a imprensa: «Lisboa liderou rescisões por mútuo acordo nas autarquias.»

Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ah!…

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Foi o Primeiro-Ministro António Costa, enquanto Presidente

da Câmara Municipal de Lisboa, quem liderou as rescisões por mútuo acordo nas autarquias portuguesas!

Pasme-se!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Por isso, os portugueses pedem: não se corte tudo e aproveite-se o mais possível. Caso contrário, o milagre

extraordinário das palavras reinventadas torna-se espinhoso para muitos, que, de boa-fé, confiaram no Estado

português.

Que a Rainha Santa, que trocava pães por rosas, seja uma inspiração para a maioria. Mas VV. Ex.as, para

já, só alcançam os espinhos.

Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Luís Soares, dispondo para o

efeito de 13 segundos.

O Sr. Luís Soares (PS): — Sr. Presidente, ouvir o PSD invocar o Diabo já não me estranha. Mas os

democratas-cristãos, tão defensores da doutrina da Igreja, virem para aqui trazer o Diabo é que é coisa do outro

mundo.

Aplausos do PS.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

Para terminar, diz o Sr. Deputado que não houve nenhum trabalhador despedido. Pois não, Srs. Deputados,

encaminharam-nos para a circunstância de terem de rescindir por mútuo acordo, porque senão o último caminho

era mesmo o despedimento.

Protestos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Soares (PS): — Vou concluir, Sr. Presidente.

A grande diferença entre um partido progressista e outro que se diz humanista é que nós não empurramos

ninguém e não vamos impor cortes salariais, nem empurrar ninguém para o despedimento, ao contrário daquilo

que os senhores fizeram.

Aplausos do PS.

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