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I SÉRIE — NÚMERO 77

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justiça a esta geração sacrificada é elementar. E, dessa forma, é permitida a renovação do mercado de trabalho

e a criação de emprego para os filhos e para os netos dessa geração sacrificada.

Aplausos do BE.

Por isso, Sr. Ministro, pergunto-lhe o seguinte: concorda que esta é uma prioridade urgente para responder

aos défices de justiça e aos bloqueios da economia portuguesa?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Leite Ramos.

O Sr. LuísLeiteRamos (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Ministro Pedro Marques, V. Ex.ª acabou de apresentar,

nesta Câmara, mais um daqueles célebres e folclóricos embrulhos com que o Governo tenta iludir os

portugueses. Já sabemos que é um embrulho coberto com celofane rosa, mas esse embrulho não consegue

esconder os papéis velhos e gastos que estão lá dentro, papéis esses que também não conseguem esconder a

falta de ambição e, sobretudo, o poucochinho da meta de crescimento económico que o seu Governo propõe

ao País.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. LuísLeiteRamos (PSD): — Sr. Ministro, realmente, é preciso ter um desplante supremo, e até

requintado, para vir falar de investimento público. Se há alguém que, neste Governo, tem o rosto da falta de

investimento público, do maior desinvestimento público de que há memória em Portugal é V. Ex.ª e o seu

Governo!

Aplausos do PSD.

Este Governo, em 2016, teve um investimento público que representou 1,5% do PIB, veja bem, representou

menos 1% de investimento público do que o do período difícil de austeridade, e menos 1,4% de investimento

público que os senhores, o Partido Socialista e o seu Governo prometeram ao País e anunciaram com

parangonas, com grupos de economistas e com declarações pomposas.

Portanto, falar de investimento público é uma falta de pudor e de respeito pelos portugueses.

Mais: mesmo em termos de fundos, matéria que o Sr. Ministro gosta de glosar, dou-lhe um número apenas.

Confrontando o ano de 2016 com o ano de 2009, que é o ano homólogo e relativamente ao qual é preciso fazer

contas, comparemos a execução, não comparemos os adiantamentos, nem a despesa realizada. Sabe de

quanto menos é que foi o investimento nessa matéria? Foi menos 1375 milhões de euros em relação a 2009,

ou seja, menos 38%.

Portugal, que desde o final de 2011 até ao final do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) liderou

a execução dos fundos comunitários no espaço europeu, é, hoje, o sétimo País em matéria de execução.

O Sr. Ministro do Planeamento e das Infraestruturas: — O sétimo?!

O Sr. LuísLeiteRamos (PSD): — O sétimo! Ouviu bem, Sr. Ministro!

Se quiser comparar e falar verdade relativamente aos fundos comunitários, tem de falar em execução e não

em adiantamentos e em despesa contabilizada unicamente pelo Estado português.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

O Sr. LuísLeiteRamos (PSD): — Voltemos à questão do corte brutal da despesa pública em 2016.

Bem sei que o Sr. Ministro não é o único rosto deste corte na despesa pública, mas, no Ministério que o

senhor tutela e na empresa Infraestruturas de Portugal, que depende de V. Ex.ª, o corte, no ano passado, foi

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