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I SÉRIE — NÚMERO 110

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floresta e a desresponsabilização do Estado na gestão da floresta, no ordenamento florestal e no combate à

desertificação e ao abandono do mundo rural.

Impõe-se, portanto, um verdadeiro ordenamento florestal, a valorização da agricultura, da pastorícia e da

ocupação do espaço rural e fazer renascer o Corpo da Guarda Florestal.

Mas o que interessa agora, no imediato, é fazer chegar a ajuda às populações, porque a gravidade e a

dimensão dos incêndios florestais não é compatível com o adiamento da implementação de medidas de apoio

às populações.

Se dúvidas existem relativamente aos donativos gerados na onda de solidariedade que foi criada, essas

dúvidas devem ser cabalmente dissipadas, porque os donativos têm de chegar ao destino que os motivou. Sobre

esta matéria, não diria que foi um «tiro no pé» mas parece-nos que foi, pelo menos, um «tiro ao lado». De facto,

se o PSD, ao levantar a questão dos donativos, pretendia atingir o Governo, acabou por atingir os organismos

privados que ainda não prestaram contas sobre os donativos que estão à sua guarda. E como da parte do

Governo parece estar tudo esclarecido, foi mais um «tiro ao lado» por parte do PSD, a somar a outros, como o

dos suicídios ou a divulgação do número de vítimas mortais nos incêndios. São só «tiros ao lado»!

Mas este verão ficou também marcado pela luta dos trabalhadores, nomeadamente os da Autoeuropa e da

Altice, e Os Verdes querem aqui afirmar que, na nossa perspetiva, razão têm os trabalhadores da Autoeuropa

ao rejeitarem o trabalho obrigatório ao sábado, com uma retribuição mais magra do que a que têm direito. Os

direitos são para serem exercidos e não para ficarem apenas no papel.

Razão têm os trabalhadores da MEO e do Grupo PT em continuarem a sua luta face às pretensões da Altice

de querer eliminar milhares de postos de trabalho e transferir trabalhadores para outras empresas, algumas

delas, aliás, criadas exata ou exclusivamente com esse propósito.

Para terminar, queria fazer referência a uma boa notícia deste verão: a reposição do transporte de

passageiros na Linha do Leste, o retorno do comboio a Elvas, a reabertura da ligação ferroviária internacional

Elvas-Badajoz.

De facto, depois de sucessivos governos andarem anos e anos a encerrar linhas ferroviárias, esta é a primeira

reposição, a nível nacional, de um serviço ferroviário. Estamos no bom caminho, um caminho que muito deve

ao projeto de resolução que Os Verdes fizeram aprovar na Assembleia da República, à luta que travámos em

conjunto com as populações e às negociações que, nesta matéria, estabelecemos com o Governo. Estamos no

bom caminho, ainda que o serviço reposto tenha de ser melhorado, com mais oferta de horários que atendam

às necessidades das populações e tornem o serviço mais atrativo, mas também com a reposição de material

circulante que o possa garantir, até porque há hoje notícia de que uma das locomotivas avariou, uma semana

depois de a linha ter sido reposta, e isto vem, de facto, reforçar a necessidade da aquisição de material circulante

para o setor ferroviário.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos passar ao ponto 3 da nossa ordem de trabalhos, com o debate,

decidido em Conferência de Líderes, sobre a situação política e social na Venezuela e, em particular, sobre a

situação dos portugueses e luso-descendentes residentes nesse país.

Para abrir o debate, tem a palavra o Sr. Deputado Telmo Correia, do Grupo Parlamentar do CDS-PP.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Em primeiro lugar, quero dizer

que temos tido aqui ocasião, por várias vezes, de falar sobre a situação da Venezuela e discutir as divergências

que existem neste Hemiciclo na abordagem sobre a situação da Venezuela.

Quando o CDS, já neste verão e já durante a interrupção dos trabalhos parlamentares, propôs este debate,

não foi nossa intenção realizarmos só mais um debate sobre essa matéria. Para nós não é necessário qualificar,

mais uma vez, o regime venezuelano, a ditadura de Nicolas Maduro e o que está a acontecer na Venezuela.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vimos, nas televisões, em nossa casa, a polícia política a retirar de suas

casas, a meio da noite, os principais dirigentes da oposição, mesmo na sequência da eleição para a Assembleia

Constituinte, considerada, de resto, fraudulenta. Um regime desse tipo não precisa de mais qualificações e os

números, bem como o que tem acontecido, revelam a evidência. Desde o início dos protestos morreram 133

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