O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

28 DE OUTUBRO DE 2017

39

Na época, houve uma enorme e muitíssimo justa indignação em vários países, inclusive em Portugal, e o

Parlamento aprovou, de forma unânime, votos que condenavam estas afirmações e que pediam a demissão

deste senhor.

O Sr. Primeiro-Ministro disse, aliás, nessa altura, que numa Europa a sério o Sr. Dijsselbloem já estava

demitido, e bem, e disse também que a Europa não se faz com Dijsselbloem e que este deve desaparecer, e

bem também.

O Sr. TelmoCorreia (CDS-PP) — Exatamente!

A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — A verdade é que o Governo não retirou daqui quaisquer consequências.

Na altura, podia e devia ter exigido a saída deste senhor do Eurogrupo, mas não o fez e nem sequer a pediu.

Mais: quando em outubro, pelo facto de ter deixado de ser ministro das Finanças da Holanda, se colocou a

questão da sua continuação ou não no cargo, o Governo português apoiou a sua continuação. Aliás, pode ler-

se isso no próprio site do Eurogrupo e o Sr. Dijsselbloem deu-se até ao luxo de dizer que ficaram todos muito

satisfeitos com a continuação no cargo e que isso foi decidido por unanimidade.

O Sr. JoãoPauloCorreia (PS): — Não é verdade!

A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Sr.as e Srs. Deputados, não pode ser normal, apesar de infelizmente

já ser costume, o Governo dizer uma coisa e fazer outra.

Portanto, o Governo de Portugal tem de se dar ao respeito e, pura e simplesmente, exigir a saída deste

senhor.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. JoãoGalamba (PS): — O CDS tem de trocar de informador!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Marques.

O Sr. DuarteFilipeMarques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Há uns meses, Portugal

indignou-se. Todos os partidos, sem exceção, se indignaram e criticaram com muita força as declarações do

Presidente do Eurogrupo.

O Presidente da República corroborou as nossas posições, o Sr. Primeiro-Ministro e o Governo também

criticaram duramente a posição e as declarações do Presidente do Eurogrupo.

A Câmara, que está aqui reunida, aprovou, por unanimidade, um voto que visava a não continuação do

Presidente do Eurogrupo nas suas funções, exigindo também a sua demissão. Até aí, o Governo esteve sempre

bem. Aliás, discordo do que disse a Sr.ª Deputada Cecília Meireles, porque o Governo até exigiu a demissão do

Sr. Presidente do Eurogrupo, fazendo um pequeno teatro, que, afinal, foi apenas para as câmaras de televisão.

A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Exatamente!

O Sr. DuarteFilipeMarques (PSD): — Isto porque, quando foi a hora de decidir, a hora em que podia votar

contra a sua eleição, Portugal baixou a cabeça e votou favoravelmente. Isso é inaceitável!

O Sr. JoãoGalamba (PS): — Não houve voto nenhum!

O Sr. DuarteFilipeMarques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, percebemos que, para este

Governo e para esta maioria, palavra dada não é palavra honrada. É palavra dada em Portugal e palavra

desonrada em Bruxelas, pelo Sr. Ministro das Finanças e pelo Sr. Primeiro-Ministro.

Aplausos do PSD e de Deputados do CDS-PP.

Páginas Relacionadas
Página 0027:
28 DE OUTUBRO DE 2017 27 que estes profissionais possam concluir os seus ciclos de
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 14 28 A Sr.ª Laura Monteiro Magalhães (PSD): — Compe
Pág.Página 28