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12 DE OUTUBRO DE 2018

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Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Governantes e Deputados das esquerdas, ainda bem que foi a

vós que as pernas tremeram, ainda bem que se calaram com essa conversa, pelo menos o Governo, da

reestruturação necessária da dívida e, felizmente, também, deitaram fora aquele relatório do grupo de trabalho

entre o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda, cujas medidas eram tão insensatas ou inaplicáveis que

ninguém lhes ligou.

Mas, se isso foi bom, mau foi que convosco a dívida pública tenha atingido o máximo de 250 000 milhões de

euros, ou seja, 25 000 € por português, sendo que dois terços da dívida pública portuguesa foram criados por

quem? Governos socialistas!

O Sr. Fernando Negrão (PSD): — Muito bem!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Infelizmente, no vosso primeiro ano de Governo, até aumentaram o

rácio da dívida e depois não o reduziram, como era possível e a conjuntura permitia.

Infelizmente, pela vossa incapacidade de fazer reformas estruturais, nem na economia, nem no emprego

nem na Administração Pública conseguiram a eficácia e a eficiência que permitam não apenas dar mais

crescimento e riqueza ao País mas também mais sustentabilidade à sua dívida.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, peço-lhe para concluir.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Infelizmente, os senhores só sabem governar para o presente e para eleições, deixando Portugal

impreparado para sobressaltos que sabemos que aí vêm, só não sabemos quando, persistindo em ignorar as

dívidas implícitas para o futuro, como nas pensões ou no património do Estado.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, tem mesmo de concluir.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Vou já terminar, Sr. Presidente.

Depois disto, há uma coisa que sabemos: era possível fazer muito mais, mas, olhando para as palavras e

atos dos partidos e do Governo de esquerda, percebemos que o monstro da dívida nunca saiu de dentro deles.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para uma segunda intervenção, beneficiando de tempo cedido pelo PAN, tem a palavra

o Sr. Deputado Paulo Trigo Pereira.

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, antes de mais, agradeço ao PAN estes

minutos adicionais, pois terei um pouco mais de tempo para completar as minhas ideias.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: O que nos distingue dos partidos à nossa esquerda? É que, enquanto os

partidos à direita só pensam no Excel, não veem os portugueses que estão por detrás da folha de Excel, e fazem

uma análise — aliás, reafirmada agora por aquilo que o Deputado Leitão Amaro acabou de dizer — de que a

dívida é sustentável, nada se passará, não vai haver recessões nos próximos anos…

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — O quê?! Eu disse exatamente o contrário!

O Sr. Paulo Trigo Pereira (PS): — Aliás, Sr. Deputado Leitão Amaro, não sei se leu o extenso relatório que

foi feito entre nós — PS, Bloco de Esquerda e economistas independentes —, mas não deve ter lido. É que, se

ler, vê que há várias medidas nesse relatório que tiveram impacto em dois Orçamentos do Estado sucessivos.

Não sei se o Sr. Deputado se lembra de uma coisa chamada «dividendos do Banco de Portugal»… Bom, leia e

verá que foi um trabalho muito profícuo, um grande trabalho que fizemos.

Em relação ao que foi dito pelo Deputado Leitão Amaro, de facto, teria muito mais coisas a dizer. O Deputado

Leitão Amaro faz uma coisa extraordinária, que é a de dizer: «se nós estivéssemos no Governo, quanto é que

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