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I SÉRIE — NÚMERO 13

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dedicam a atividades de exploração extractivista e que são inimigas dos animais ou até como algo que pertence

ao passado ao invés de algo de que nos devemos orgulhar no presente e que devemos saber preservar para o

futuro.

Por isso mesmo, porque é urgente combater esta visão e porque não perfilhamos esta visão, o CDS

apresentou este voto de saudação ao mundo rural. E também porque, como se dizia em alguns cartazes nessa

manifestação, «se o campo não planta, a cidade não janta». E mais do que isso, porque somos todos

portugueses — rurais e urbanos — e todos devemos ter orgulho das nossas tradições e da nossa identidade.

E, sim, o mundo rural preserva essa identidade e essa tradição, faz parte dela.

O CDS orgulha-se dela e, por isso, apresenta este voto de saudação.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado André Silva, do Grupo Parlamentar

do PAN.

O Sr. André Silva (PAN): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o PAN irá votar contra o voto do CDS-

PP. Este traz uma leitura enviesada da realidade e uma tentativa desesperada de se eximir às responsabilidades

próprias no que respeita ao despovoamento e desertificação de parte substancial do território português.

É por demais evidente que aqueles, como o CDS e outros, que mais se arrogam defensores do mundo rural,

são aqueles que mais o têm atacado. Veja-se o que se passou com o fim das linhas ferroviárias no interior do

País, passando pelo encerramento de diversos serviços, nomeadamente balcões dos CTT, bancos, farmácias

e centros de saúde, pela expansão desregrada do olival intensivo e do eucalipto, pela plastificação da costa

vicentina, pelo fechar dos olhos a indústrias agropecuárias altamente poluentes até à destruição dos últimos

rios, livres e selvagens, com a construção de grandes barragens que provocam o despovoamento do interior,

corroendo a coesão territorial.

De resto, a pretexto de uma suposta defesa do mundo rural e reivindicando, sem propriedade, o exclusivo

de uma luta que é de todos nós, o voto do CDS mais não pretende do que virar uma parte do País contra a

outra, porventura numa tentativa desesperada de não perder o exclusivo do chavão da «defesa das tradições»,

enquanto justificação para perpetuar práticas anacrónicas, que já não têm lugar numa sociedade evoluída e

empática como a portuguesa, como é a tauromaquia, o tiro ao voo, as corridas de galgos ou práticas de caça

cruéis, como a realizada à paulada ou através de lutas entre animais com recurso a matilhas, tantas vezes

constituída por cães maltratados e subnutridos.

Para o PAN, ao contrário do radicalismo e do extremismo do CDS, a defesa do mundo rural faz-se através

da valorização da proteção das populações, com políticas de fixação de pessoas e de promoção e defesa dos

territórios de baixa densidade, sempre com total respeito pelo ambiente e demais formas de vida, essa, sim, a

harmonia maior que nos deve nortear.

Aplausos do PAN.

O Sr. Presidente: — Pelo Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra o Sr. Deputado João Castro.

O Sr. João Azevedo Castro (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, a revitalização do interior e das

zonas mais deprimidas é um desafio incontornável para Portugal. Ninguém pode ficar indiferente ao esforço que

se impõe fazer. Ações como a do sistema de informação cadastral, das associações de desenvolvimento local,

do pagamento redistributivo, do estatuto do jovem empresário rural ou do estatuto da agricultura familiar são

exemplos do que importa continuar e reforçar.

Num País onde mais de 90% das explorações agrícolas são de cariz familiar, a realidade é incontornável:

faltam pessoas no mundo rural. Temos de recentrar e reafirmar a importância e a identidade do mundo rural, ou

do novo mundo rural. Foi neste contexto que o Partido Socialista se associou à manifestação pelo mundo rural,

no passado dia 22 de novembro, e é neste contexto que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista se associa

à presente saudação do mundo rural.

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