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13 DE FEVEREIRO DE 2020

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O Sr. Carlos Pereira (PS): — Não reviu nada! O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Portanto, os senhores mudaram, entretanto, de posição. Mas, em relação à questão do metropolitano, importa aqui lembrar uma autoridade que também tem reservas,

o próprio Bastonário da Ordem dos Engenheiros, o Eng.º Mineiro Aires, que, por acaso, até foi Presidente da Metropolitano de Lisboa, e que diz uma coisa muito simples, que passo a citar: «A linha circular, enquanto projeto, é um enorme erro.».

Mas, depois disto, temos ouvido o Ministro do Ambiente e da Ação Climática e o Ministro do Planeamento dizerem coisas completamente diferentes em relação aos fundos europeus, que se podiam ou não perder. Um diz uma coisa num dia, o outro diz outra coisa diferente noutro dia.

Sr. Deputado Carlos Pereira, está em condições de confirmar qual dos Ministros é que tem razão, quando um diz que se perdem os fundos europeus e o outro diz que, afinal, podem ser alocados a outro projeto?

O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Sr. Deputado, tem de terminar. O Sr. João Gonçalves Pereira (CDS-PP): — Sr. Deputado, era importante esclarecer essa mesma matéria

e, portanto, agradecia-lhe que a clarificasse aqui, no Parlamento. Para terminar, Sr. Presidente, deixo uma nota sobre a posição do próprio Governo. O Governo diz — e há uma notícia que dá conta disso — que a linha circular vai avançar até o Tribunal

Constitucional decidir. Sr. Deputado, isto é verdade? É esta a posição do Partido Socialista? É este o respeito que o Partido Socialista tem por este Parlamento?

É essa questão que aqui coloco. Aplausos do CDS-PP. O Sr. Presidente (José Manuel Pureza): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada

Isabel Pires, do Bloco de Esquerda. A Sr.ª Isabel Pires (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Carlos Pereira, agradeço-lhe o tema que traz a

debate. É um tema muito importante, pois tem que ver com o investimento público. As posições que o Bloco de Esquerda tem tomado relativamente a esta matéria são sobejamente conhecidas.

Obviamente, o investimento público deve ser um desígnio muito importante, não só por causa da coesão territorial mas também por causa dos serviços públicos e dos avanços que são necessários.

Sabemos que tivemos um atraso no País, muito significativo, durante a vigência do Governo da direita, nomeadamente, e com grande força, em matéria dos serviços públicos e sabemos dos ataques que foram feitos aos serviços públicos.

Sabemos também que ainda estamos com avanços muito tímidos para as necessidades existentes, até porque o caminho da recuperação é longo. E neste caminho de recuperação temos não só os serviços públicos mas uma matéria de que o Sr. Deputado falou quando esteve na tribuna a fazer a sua declaração política, que tem que ver com a mobilidade e com a ferrovia.

Sr. Deputado, falou do arranque de projetos. No entanto, convinha começar aqueles que, pelas previsões iniciais, já deviam estar a terminar.

Sabe muito bem que temos falado bastante desta matéria. Já tivemos oportunidade de ouvir o Presidente da Infraestruturas de Portugal, teremos oportunidade de ouvir o Sr. Ministro das Infraestruturas e da Habitação, mas a verdade é que as notícias e os dados que saem a público — nomeadamente do Tribunal de Contas, mas de outras entidades também — são sobre uma baixíssima execução das obras na ferrovia.

Tivemos planos de 2016 que em 2018 não se concretizaram; tivemos novos planos e novas datas em 2019 que em 2020 já estão ultrapassados, porque já há previsão de novos atrasos.

A taxa de execução continua baixíssima e, no meio disto tudo, a grande preocupação é sobre como se vai avançar num ritmo mais rápido para a resolução dos problemas de mobilidade e para a execução, finalmente, do Ferrovia 2020, porque este programa é absolutamente essencial para as populações, para o território e para a sua coesão.