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I SÉRIE — NÚMERO 58

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A Sr.ª Joana Sá Pereira (PS): — Esta crise mostrou, também, que estamos mais bem preparados para lidar

com este desafio, porque a trajetória de recuperação de rendimentos iniciada em 2015 permitiu que milhares de

jovens portugueses beneficiassem hoje, entre outras coisas, da conquista da redução de propinas e do aumento

das bolsas. Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, entendemos que é importante não haver recuo nos ingressos no

ensino superior. Ninguém pode mesmo ficar de fora!

Neste contexto tão acelerado e, ao mesmo tempo, de tão incerta mudança, o mundo, também digital, já não

é uma coisa para o futuro. Dos mais jovens aos mais velhos, as ferramentas digitais são um recurso obrigatório.

Este aspeto torna claro que a visão de digitalização para as escolas que o Governo trouxe para esta Legislatura

não era uma inevitabilidade, era mesmo uma necessidade.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, pergunto se a aposta na digitalização das escolas, no apoio ao ensino, irá ser

reforçada e se o acesso universal à internet passará a ser uma realidade próxima.

Sr. Primeiro-Ministro, são muito particularmente os jovens que hoje precisam do reforço das respostas a nível

da criação de emprego, de incentivos à contratação, de novas oportunidades de formação, que permitam o

reingresso no mercado de trabalho ou a primeira oportunidade laboral.

Daqui a uma semana, os portugueses comemorarão o Dia de Portugal. Tal como noutros períodos da nossa

longa história, há fortes motivos de orgulho para os portugueses. Não foi sorte. O vírus teve, diria, talvez o azar

de encontrar pela frente um povo experimentado e um Governo capaz.

Aplausos do PS.

Risos do CH.

Nos últimos anos, milhares de portugueses, particularmente os mais jovens, retiraram muitos sonhos da

gaveta: de formação, de casa própria, de constituir família, de um projeto profissional, de arriscar num negócio,

de algo que faz esses cidadãos realizados.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, pergunto o que fará o Governo para garantir que, durante o período difícil, o

inverno difícil que vamos atravessar, mas que ultrapassaremos, todo e qualquer jovem português possa viver e

realizar-se no seu País.

Aplausos do PS.

O Sr. André Ventura (CH): — Foi uma pergunta difícil!

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada Joana Sá Pereira, acho que todos temos bem

consciência de que os jovens, a sua geração, se confrontaram, em muito poucos anos, com duas crises com as

quais nem na minha geração nos confrontámos, a não ser nos últimos anos. Isso é particularmente desafiante

para o futuro do País. Por isso, há que ter uma resposta muito direcionada e muito específica relativamente ao

futuro das novas gerações.

A primeira condição é esta: não podemos deixar que a crise afete a formação das novas gerações. É verdade

que o encerramento das escolas deixou a nu muitas das desigualdades que, aparentemente, tinham

desaparecido, mas, de facto, essas desigualdades estão lá. Por isso, foi muito importante a capacidade de repor

o ensino à distância através da televisão, tal como o facto de termos definido, como prioridade, que o próximo

ano letivo arranque com o programa de digitalização escolar a toda a velocidade, de forma a que a

universalidade do ensino à distância seja possível, se for necessário.

Aplausos do PS.

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