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I SÉRIE — NÚMERO 88

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Sr. Deputado, não posso deixar de anotar, por último, com uma certa indignação, que não hesitou em falsificar

posições de pessoas que não estão neste debate, o Dr. Rui Pereira e a Dr.ª Helena Fazenda, sugerindo que

eles apoiam a «abóbora do Entroncamento» que o Sr. Deputado apresentou aqui. Ora, é falso! Eles

pronunciaram-se quando se pronunciaram, nos termos em que o fizeram, mas não apoiaram o projeto do PSD.

Portanto, cada qual que assuma as suas responsabilidades e não se escondam, como as criancinhas, atrás do

papão.

O Sr. Duarte Marques (PSD): — Não seja criança!

O Sr. José Magalhães (PS): — Sr. Deputado, aprenda!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado André Coelho Lima.

O Sr. André Coelho Lima (PSD): — Sr. Presidente, com a curta experiência parlamentar que tenho, esperava por tudo, menos por isto!

Sr. Deputado José Magalhães, vou aproveitar as suas palavras para lhe responder, usando a figura do

«rato». Nós estamos perto do Largo do Rato e, de facto, tivemos uma intervenção — bem feia! — do Sr.

Deputado. Vou dizer-lhe porquê.

O Sr. Duarte Marques (PSD): — De ratazana!

O Sr. André Coelho Lima (PSD): — O Sr. Deputado vem aqui abespinhar-se em relação à questão, com a transformação em força de segurança, da alegada e eventual restrição do direito à greve. Entretanto, na última

audição regimental, questionei diretamente o Sr. Ministro sobre esta matéria, dizendo que achava que o Governo

pretendia, precisamente, obviar a circunstância de o SEF ter direito à greve, com todas as consequências que

daí advinham, e o senhor, em aparte regimental, respondeu-me assim: «Só se apercebeu agora? Que naïf!». E

está agora, aqui, a fazer-se de virgem ofendida, a fazer de conta que não sabe de nada?! Isso é não ter

vergonha! Ouça, isso é não ter vergonha nenhuma!

Vou dizer-lhe mais: o senhor deve, não a mim, porque a mim, enfim, só me chega quem eu deixo, mas a esta

bancada um pedido de desculpa por me acusar de falsidade. É que o Sr. Dr. Rui Pereira falou ao meu lado —

ao meu lado! A opinião que ele transmitiu disse-a ao meu lado, eu ouvia-a numa sessão do SEF. A Sr.ª Dr.ª

Helena Fazenda escreveu no jornal Público para quem a quis ouvir. E eu não disse, em momento nenhum, que

eles apoiavam a proposta do PSD, que nem sequer existia quando eles falaram. Isto é tão ridículo, tão ridículo!

O senhor entra numa alucinação tal que se entretém com as suas próprias palavras e já nem sabe o que

está a dizer, o que até apouca não o trabalho do Parlamento, mas a sua própria função neste Parlamento, ao

longo dos anos.

Mas vou dizer-lhe mais: é de uma demagogia extrema falar em securitização mais extrema proposta pelo

PSD. É a maior demagogia que aqui ouvi, quando o Governo se propõe não a atribuir aos agentes policiais do

SEF as funções que têm, mas a atribuí-las aos agentes policiais da PSP e da GNR. Isto não tem nada de

securitário, nada de securitário!… Mais: a seguir, não contente com esta cambalhota, o senhor ainda disse «mas

calma, porque não vai haver um holocausto de agentes, eles vão todos continuar». Ou seja, os senhores

destroem o SEF, porque os agentes são muito maus, mas, no entanto, vão continuar a pô-los a desempenhar

as mesmas funções. Já viu a hipocrisia daquilo que acabou de dizer?!

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Fernando Negrão): — Srs. Deputados, entramos agora na fase das intervenções. Tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe, do PCP.

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