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22 DE JULHO DE 2021

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O Sr. Adão Silva (PSD): — Nós íamos construindo, a lógica é de construção! Sr. Deputado, na altura não se sabia qual era o valor. Repare numa coisa: o valor dos empréstimos foi definido muito recentemente, por

exemplo.

Portanto, tínhamos o propósito, tínhamos a ideia, tínhamos o projeto. E temos, estão quantificados. Poderiam

ser, obviamente, ajustados, numa lógica de conversação com o Governo, e era isso que esperávamos.

Risos e protestos do PS.

Mas, veja bem: o que é que fez o Governo? Fechou-se, isolou-se numa lógica autista. Não é um bom governo,

não é um bom governo esse que se fecha!

Em segundo lugar, Sr. Deputado, veja bem: casos e casinhos?! Então, falo dos problemas de educação e

isso é um caso e um casinho?! Falo da justiça isso é um caso e um casinho?! Falo de problemas ligados às

empresas e à falta de apoio às empresas e isso é um caso e um casinho?! Percebo que o que V. Ex.ª pretende

é desvalorizar Portugal, desvalorizar os portugueses, desvalorizar a oposição e, no fundo, criar uma lógica

autista em que apenas prevalece o seu Governo, o mau Governo do Partido Socialista.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Porfírio Silva, do Grupo Parlamentar do PS.

Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Porfírio Silva (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados: Há uns meses, num dos momentos mais difíceis da pandemia, um porta-voz do PSD dizia: «Temos um Primeiro-Ministro

cansado». E insistia, com um certo desdém: «O Primeiro-Ministro está cansado, precisa de ir descansar.»

O Primeiro-Ministro pode ter tido momentos de cansaço, como, certamente, tiveram enfermeiros e médicos,

professores, cuidadores e os milhões de trabalhadores que saíram de casa todos os dias para que os

portugueses pudessem continuar a alimentar-se, ter recolha de lixo, segurança nas ruas, produção industrial

essencial, etc., etc., etc. Mas, mesmo cansados, os portugueses não desistiram, não seguiram aquele mau

conselho do Deputado do PSD, cujas palavras ilustravam uma política.

Enquanto o Governo, como a esmagadora maioria dos portugueses, das instituições, das famílias, enquanto

essa grande parceria lutava para preservar a saúde e debelar a crise, o principal partido da oposição escolheu

fazer da pandemia uma oportunidade para tentar desestabilizar a governação, talvez mesmo sonhando derrubar

o Governo. E, em alguns momentos, terão acreditado que tinham encontrado parceiros disponíveis para tal.

Aplausos do PS.

Levamos ano e meio de pandemia, mas o maior partido da oposição não terá levado mais do que mês e

meio a desistir de uma postura responsável face ao maior embate das nossas vidas. E mostrou isso ao País,

atolando-se na contradição continuada e sistemática.

O Orçamento, primeiro dava tudo a todos, depois era curto; no Natal, era para atenuar as medidas, mas,

depois, não devia ter havido Natal para ninguém; Rui Rio dizia que havia professores a mais, mas, agora, já

parece que é o contrário; em maio era urgente abrir as fronteiras aos britânicos, mas quando os britânicos

vieram, afinal, tínhamos sido vexados pelos súbditos de Sua Majestade; primeiro o Governo não fazia reformas,

depois havia reformas escondidas no PRR.

Aplausos do PS.

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