14 DE ABRIL DE 2022
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Quanto à questão de saber se estamos disponíveis para nos juntarmos a outras forças políticas, temos como
hábito e princípio analisar as propostas pelo seu mérito intrínseco, independentemente de quem as formula.
Portanto, não fazemos, aqui, cordões nem deixamos de ver as propostas por elas virem de A, B ou C.
Claro que temos alguma reticência em relação a propostas que vêm de forças que, em alguma medida,
também põem em causa parte do legado civilizacional europeu ao perseguirem minorias, por exemplo. Isso é
algo que não acompanhamos e, portanto, esse discurso tem de ser compatibilizado com o discurso da defesa
dos valores europeus, que também está em causa na Europa.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Esse é o discurso do PS!
O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — Não quero agora desviar o discurso para aí, mas penso que, ainda
recentemente, vimos, neste Hemiciclo, um exemplo disso e espero que o vosso eleitorado consiga ver e ouvir
isso.
Por último, quanto à reflexão do Sr. Deputado Rui Tavares, quero dizer que gostava que o sistema de defesa
europeu fosse mais eficaz, porém, esta guerra tem mostrado que estamos ainda longe disso e que é necessário
reforçá-lo. Parece-me que, hoje, a Aliança Atlântica, a aliança com os Estados Unidos e também a cooperação
com o Reino Unido ainda são — e a guerra tem-no demonstrado — instrumentos fundamentais de defesa dos
valores europeus. Espero que, a prazo, consigamos tornar-nos mais fortes, mais independentes e capazes de
tratar da defesa por nós próprios.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Pinto,
do Grupo Parlamentar do Chega.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: A COVID-19 veio alterar a forma como
as pessoas vivem e se relacionam, tendo imposto uma série de condicionantes, como o distanciamento social,
a limitação do número de pessoas em determinados locais e a utilização de máscara.
Sabemos que a pandemia teve fortes impactos sociais, económicos e na saúde dos portugueses. O Governo
orgulha-se de ter mais de 90% da população vacinada, por isso não se percebe porque continua o uso de
máscara, particularmente nas escolas.
Aplausos do CH.
Se ainda entendemos que nos lares e hospitais, onde estão pessoas mais vulneráveis, como os nossos
idosos ou doentes, se utilize máscara, no caso das escolas, essa utilização não faz qualquer sentido.
Aplausos do CH.
Aliás, países como a Dinamarca, a Suíça, os Países Baixos, a Suécia, o Reino Unido, a França, a Irlanda e,
na próxima semana, a Espanha já aliviaram o uso de máscara, a qual também já não se usa nas escolas.
A máscara foi uma ferramenta no combate à pandemia, mas o seu uso obrigatório também tem impactos
negativos para a população, em especial para os mais jovens. Estamos numa fase quase endémica da doença,
os alunos estão sem máscara nos intervalos e na cantina, quando estão a almoçar. Os mesmos alunos estão
noutras atividades depois da escola, como o futebol, a ginástica ou a dança, e aí também não usam máscara e
estão em contacto permanente.
Os nossos jovens precisam de uma vida mais normal, onde se vejam as suas expressões e os seus afetos
e onde possam finalmente voltar a sorrir. Não é normal que um grupo de adolescentes seja obrigado a usar
máscara nas escolas, mas, depois, se for a uma discoteca, não tenha de a usar. É uma incoerência que não se
entende!