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I SÉRIE — NÚMERO 6

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E, por isso, devolvo-lhe a mesma pergunta: quem ganha com esta política? Não é quem trabalha, não é

quem é pensionista, não é o Estado social.

O mérito das contas certas pode ser muito atraente para um Ministro das Finanças, para o Sr. Ministro, como

já foi para o Ministro Centeno, mas o preço desse mérito é pago por todos os portugueses e é pago também por

uma ideia de democracia que assenta no investimento público e na qualidade dos serviços públicos.

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Tem a palavra, para um pedido de esclarecimento, o Sr. Deputado Hugo

Costa, do Partido Socialista.

O Sr. Hugo Costa (PS): — Sr. Presidente, Sr. Ministro das Finanças, Srs. Membros do Governo, Srs.

Deputados, Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, a primeira pergunta que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista

gostava de fazer ao Bloco de Esquerda é se o Bloco de Esquerda é contra finanças públicas saudáveis, se o

Bloco de Esquerda é contra termos finanças públicas saudáveis, baixarmos a dívida e, naturalmente, termos

défices baixos. Qual é a alternativa? Qual é a alternativa que o Bloco de Esquerda nos apresenta? É mais défice

e mais dívida? É isso que aqui nos é apresentado?

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!

O Sr. Miguel Matos (PS): — Pois é!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Depois, Sr.ª Deputada, colocou aqui, e bem, a questão do fenómeno inflacionista.

Mas, sobre isso, questiono-a, Sr.ª Deputada: 1,8 mil milhões de euros em medidas contracíclicas sobre a inflação

não são uma medida correta do Governo? Qual é a alternativa do Bloco de Esquerda?

O Sr. Miguel Matos (PS): — Não tem!

O Sr. Hugo Costa (PS): — Medidas que se dirigem à energia, ao cabaz de bens essenciais! Qual é a

alternativa a essas medidas?

Falou também das empresas, mas relembro que o layoff simplificado, na altura da pandemia, significou mais

de 3,5 mil milhões de euros de apoio a empresas. Qual era a alternativa do Bloco de Esquerda a essas medidas?

Não deixa de ser estranho, porque muitas vezes o Bloco de Esquerda não apresenta medidas para as empresas.

Por isso, gostávamos de compreender quais são as alternativas e quais são as respostas para o setor

empresarial. É que se houve medida de grande alcance, na pandemia, foi a do layoff simplificado. Volto a

relembrar: 3,5 mil milhões de euros.

E os dados do emprego, os dados do crescimento económico — e Portugal continua a crescer acima da

média europeia — são significativos e demonstrativos.

Por isso, Sr.ª Deputada, uma última questão: qual é a importância do investimento público para fazer face a

esta matéria? O investimento público tem vindo a crescer em Portugal nestes últimos anos. Por isso, questiono

qual é a posição do Bloco de Esquerda em relação ao investimento público e se o mesmo pode crescer, caso o

défice e a dívida pública — e o Bloco de Esquerda, aparentemente, defende que continuem a crescer —

continuem a existir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para responder, e lembro que dispõe de 39 segundos para o efeito, tem a

palavra a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Hugo Costa, o Bloco de Esquerda é contra

serviços públicos à míngua. O Bloco de Esquerda é contra a degradação do SNS, que temos vindo a verificar,

é contra as escolas públicas sem professores.

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