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26 DE MAIO DE 2022

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Sr.ª Deputada do PSD, já tivemos esta discussão em sede de especialidade, relativamente ao NRAU (Novo

Regime do Arrendamento Urbano), mas queria clarificar que há uma grande diferença entre o que se fez no

passado e o que se fez agora.

A Sr.ª Deputada não o deve ter lido, mas o nosso Programa do Governo — que tem uma norma no Orçamento

do Estado, porque queremos assumir um compromisso temporal, que não é o final da Legislatura — diz,

claramente, que vamos identificar as famílias.

Sr.ª Deputada, com os dados disponíveis hoje não temos essa identificação e os censos vão-nos permitir

fazer esse cruzamento e ter dados fidedignos de quantas famílias estamos a salvaguardar. O Programa do

Governo diz — ouça isto, porque é importante e é a grande diferença! — que vamos garantir medidas que

permitam, efetivamente, salvaguardar a proteção destas famílias, mas, ao mesmo tempo, garantir o regular

funcionamento do mercado de arrendamento. Esta é a grande diferença para o que se fez no passado.

Estamos a assumir o compromisso de resolução, mas tendo em conta a relação de arrendamento que existe

e a preocupação de que temos de salvaguardar não apenas a questão dos senhorios — que sei que para o PSD

é importante, e para nós também o é —, mas também não pôr em causa os arrendatários nem os colocar numa

situação de instabilidade. É esse o trabalho que estamos a fazer, Sr.ª Deputada.

O que estamos a fazer no Orçamento do Estado é a assumir o compromisso de que, efetivamente, vamos

encontrar uma solução que será, certamente, diferente da do PSD. Esse é o nosso compromisso.

É um compromisso de estabilidade, de resposta conjuntural e estrutural, assente nestes vários instrumentos,

para garantir que, no fim do dia, todos os cidadãos têm direito à habitação.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Mariana Mortágua.

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Sr. Presidente, os netos daqueles que hoje ganham 1000 € e não conseguem pagar 1000 € de renda voltarão para agradecer a política estrutural do Governo, só que, entretanto,

os seus pais, os seus avós, largaram as cidades onde hoje já não podem viver.

Por isso, pergunto se a Sr.ª Secretária de Estado considera que o direito à habitação é compatível com zonas

de cidades que têm 30%, 40%, 50% de alojamento local.

O Sr. Presidente: — Tem agora a palavra, para pedir esclarecimentos, a Sr.ª Deputada Márcia Passos, do PSD.

A Sr.ª Márcia Passos (PSD): — Sr. Presidente, Sr.ª Secretária de Estado, são muito bonitas as suas palavras, de facto, mas o Governo não pode fazer isso à custa dos privados nem à custa dos contratos de

arrendamento privado.

Aplausos do PSD.

Isso é que não!

Estas pessoas estão à espera desde 2012 — repito, desde 2012! — e, agora que a espera ia terminar, veem

o prazo suspenso.

Assim não, Sr.ª Secretária de Estado. Não é assim que se resolvem os problemas da habitação, não é à

custa dos senhorios. Este é que é o grande problema: esta instabilidade no arrendamento só faz com que

ninguém consiga investir nos arrendamentos para habitação duradoura e toda a gente ande a optar pelo

alojamento local e por arrendamentos de curta duração.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves.

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