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I SÉRIE — NÚMERO 31

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Pelo meio, existem partidos que tentam criar soundbites, como o Sr. Deputado Rui Tavares, que a única

coisa que sabe dizer é «a economia dos três C», «as ciclovias» e mais qualquer coisa interessante não sai dali,

e o PAN, que tenta ganhar destaque logo à noite.

Em relação à Sr.ª Deputada do PAN, e terminando a minha intervenção, vou dizer-lhe de uma forma

ambientalista o que é que eu acho que lhe vai acontecer. A senhora é uma flor muito bonita que está no meio

do campo e, um dia destes, vem uma vaca e come-a.

Aplausos e risos do CH.

Protestos do PS.

O Sr. Presidente: — Sr. Deputado, permita-me que o chame à atenção para os termos que utilizou para se

referir ao Presidente da República e a uma Sr.ª Deputada. Na minha opinião, são termos excessivos.

Aplausos do PS e de Deputados do PSD.

Dou, agora, a palavra ao Sr. Deputado Rodrigo Saraiva, para fazer uma intervenção, em nome do Iniciativa

Liberal.

Pausa.

Tenho de pedir à Assembleia o silêncio indispensável para que o Sr. Deputado Rodrigo Saraiva possa intervir.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Estamos hoje num debate que, como já se

esperava, colocou dois partidos na berlinda, o Partido Socialista e o Chega, que é o proponente desta moção,

e alguns dos efeitos começam a fazer-se sentir, até pela intervenção do Deputado João Torres, que parece que,

já por efeito de osmose, adotou o estilo e o tom do Chega para intervir.

Protestos do PS.

O Sr. João Cotrim Figueiredo (IL): — Puxem para trás e oiçam!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Sr. Primeiro-Ministro, hoje não venho aqui à espera que faça um pedido de

desculpas aos portugueses. Não por todos sabermos o quanto isso lhe custa, mas porque hoje seria mais justo

e adequado fazer um agradecimento. O ar de satisfação com que tem estado neste debate, sobretudo nas

respostas que dá a alguns dos partidos que fizeram intervenções e pedidos de esclarecimento, é bem

demonstrativo disso. Deveria fazer esse agradecimento, naturalmente, ao proponente desta moção de censura.

Depois da apresentação de uma moção de rejeição ao Programa do Governo, que, chumbada, se tornou na

validação formal de um péssimo documento, hoje o Chega apresenta uma moção de censura, que, chumbada,

se torna na validação formal de uma moção de confiança a um péssimo Governo.

Portugal teve eleições há cinco meses. Tem um Governo em funções há três. Tem um Orçamento do Estado

em vigor há menos de uma semana. Cabe na cabeça de alguém, mesmo perante o desacerto governativo que

o Iniciativa Liberal tem vindo a denunciar, enviar o País para uma nova crise política?

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Claro! Ora muito bem!

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Há meio ano, PS, Bloco de Esquerda e PCP embrulharam-se em

irresponsabilidade. Agora, com o País a recuperar dos efeitos de uma pandemia, a sarar as feridas das más

decisões do Governo na gestão dessa crise, a lidar com efeitos de uma guerra na Europa, com uma crise de

inflação brutal e taxas de juro a subir, se dependesse do Chega, iríamos novamente para eleições. Para quem

tanto fala dos portugueses comuns, têm noção do mal que lhes estariam a infligir?

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