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I SÉRIE — NÚMERO 43

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O Sr. André Ventura (CH): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo — os que estão e os que não estão

—, Srs. Deputados: O debate que estamos aqui a ter, hoje, tem uma razão facilmente compreensível, a de o

Primeiro-Ministro ter decidido esconder o debate sobre o novo aeroporto entre paredes e esquecer que só

responde perante uma entidade em Portugal, entidade essa que se chama «Parlamento português».

O Sr. André Pinotes Batista (PS): — Está com ciúmes?

O Sr. André Ventura (CH): — A razão de estarmos aqui, hoje, de urgência e de o Governo estar aqui, hoje,

de urgência tem apenas um significado, o de o Governo de António Costa não querer falar com a terceira maior

força política deste País.

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — É legítimo que assim o faça, e pode continuar a fazê-lo as vezes que entender,

mas tem de falar, pelo menos, com os portugueses, que lhe pagam o salário e que pagarão o novo aeroporto.

Sr. Presidente, queria começar este debate assinalando o óbvio: temos um ministro tão fragilizado, um

ministro tão inexistente, um ministro tão incapaz, que é incapaz de vir hoje ao Parlamento responder sobre o

novo aeroporto. Um ministro tão incapaz como o País nunca viu para liderar uma questão destas!

Aplausos do CH.

Por isso, peço desculpa, Sr. Secretário de Estado, não leve a mal o que lhe vou dizer, mas este Governo não

é só de incapazes nos gabinetes, é de incapazes aqui, no Parlamento, também. É lamentável que um ministro

que se reuniu com o líder do PSD, que se reuniu com o Primeiro-Ministro recuse vir à Casa da democracia dizer

aos portugueses qual é a localização do novo aeroporto e quais são os estudos que o sustentam e que não

esteja aqui hoje.

Vozes do CH: — Muito bem!

O Sr. André Ventura (CH): — Desde 1969, Sr. Presidente, os sucessivos Governos prometem a Portugal

um novo aeroporto: estava então no Governo Marcello Caetano — Marcello Caetano! —, que prometeu a

realização e a construção de um novo aeroporto. Veio o 25 de Abril, com as promessas de que Abril realizaria

tudo, mas continuámos na mesma. Com Guterres, com Durão Barroso, com Pedro Passos Coelho, com José

Sócrates, continuámos todos como estamos hoje com António Costa, no mesmo ponto.

O turismo representa 20% do PIB (produto interno bruto) português e, por cada semestre, perdemos 3

milhões de passageiros em Lisboa. Tudo porque os senhores não conseguem fazer o óbvio no País: um novo

aeroporto que engrandeça Portugal e que nos dignifique. Tudo porque os senhores não conseguem fazer o

óbvio!

Aplausos do CH.

Sr. Presidente, há três anos, o Governo socialista comprometeu-se com obras de grande monta no aeroporto

da Portela. Essas obras nunca avançaram, não por culpa de Pedro Nuno Santos, que não está aqui hoje e se

escondeu no seu gabinete, mas por culpa do Ministro das Finanças, João Leão. António Costa, João Leão e

Fernando Medina têm bloqueado sucessivamente quaisquer novas obras no aeroporto de Lisboa.

O caos que vimos neste verão, com filas de passageiros a amontoarem-se num aeroporto que já não

funcionava, tem um único responsável, que se chama «Governo socialista» — António Costa, João Leão e

Fernando Medina.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

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