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29 DE SETEMBRO DE 2022

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O nosso projeto de resolução resolve o problema todo e quero ver a vossa coragem, perante o povo

alentejano, para dizerem que o vão recusar por cegueira ideológica. Está no projeto de resolução: criar uma

estratégia integrada de acessibilidade e mobilidade do Alentejo às ligações nacionais e internacionais. Citando

o Sr. Ministro Pedro Nuno Santos, que hoje não veio, «se isto não é uma proposta, o que seria?»

Está no projeto: procede à concretização da modernização da eletrificação de todo o troço Casa Branca-

Beja-Funcheira. Se isto não é uma proposta, o que será?

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Somos nós! Vocês chumbaram!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Está no projeto que se construa a ligação do troço Casa Branca-Beja, aquele

aeroporto que alguns de vós, à boca pequena, dizem que serve para transportar bolota e palha. Essa é a forma

vergonhosa como tratam o povo alentejano!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Chumbaram!

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Portanto, acredito que vão aprovar este projeto de resolução, que fala também

na concretização da A26 (autoestrada n.º 26), do IP8 — que é uma das grandes mentiras que vocês têm dito ao

povo alentejano —, da ligação à A6, à A23.

Hoje ouvimos o Sr. Deputado Ricardo Pinheiro a desafiar o nosso líder de bancada a ser candidato por

Portalegre. Vou explicar-lhe o que se passa na realidade: quando quiserem fazer uma alteração à lei eleitoral, o

PS perceberá que vai perder essa bancada. Até lá, a grande diferença é que Pedro Pinto tem dias brilhantes,

vocês têm Brilhante Dias.

Aplausos do CH.

Hoje ele não está cá. Sabe o que isso significa, a nível de obras? É simples, nós temos a obra-prima do

mestre e vocês a prima do mestre-de-obras!

Aplausos do CH.

A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Ramos, do

Grupo Parlamentar do PSD.

A Sr.ª Sónia Ramos (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Agradeço, mais uma vez, a iniciativa de um

conjunto de cidadãos que hoje apresenta nesta Casa uma ideia de desenvolvimento para um território que

representa um terço do País.

O Alentejo é um território preservado e seguro, com uma história marcada pela riqueza do seu património

edificado e cultural que lhe confere identidade e autenticidade próprias, com potencial de afirmação competitiva,

diferenciadora e sustentável, com base em atividades consolidadas e na emergência de novos nichos de

especialização produtiva.

O Alentejo tem produtos de reconhecida excelência mundial como a cortiça, as rochas ornamentais, o

artesanato, a gastronomia, os vinhos e o azeite.

O desenvolvimento das infraestruturas de acessibilidade e de conectividade reforça a importância do

posicionamento geoeconómico do Alentejo no contexto das relações económicas nacionais e internacionais e

constitui um fator importante para a atração de investimento e acolhimento empresarial.

Mas é fundamental que o Governo dê um sinal político claro de aposta na região, que até agora não existiu.

O Alentejo tem recursos naturais e endógenos, tem um tecido empresarial que começa a ser pujante e que em

alguns setores é destacado pelo recurso à tecnologia de ponta, tem academia e tem, sobretudo, um povo que

cultiva uma relação umbilical com o seu território e que não desiste do direito de ser feliz aí, «onde a planície é

um brasido», como escreveu a poetisa alentejana calipolense.

Mas o Alentejo não tem um Governo preocupado com a coesão territorial nem com a desigualdade de

oportunidades a que o abandono do interior do País votou essas populações, porque desinvestiu, em prol das

metrópoles, sucessivamente, apenas por uma contabilidade eleitoralista. Só essa razão justifica o atraso da

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