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1 DE OUTUBRO DE 2022

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O certo é que, nesta Casa, sempre que há entidades que vêm esclarecer sobre esta matéria, os senhores

nunca estão presentes. Nunca estão presentes! E, como os senhores, também o PAN. Portanto, o fundamento

sem contraditório é, de facto, muito estranho!

A Sr.ª Alma Rivera (PCP): — Isso é desconversar!

O Sr. João Moura (PSD): — Mas, voltando às culturas intensivas, as vinhas em Portugal, seja no Douro, no

Dão ou no Alentejo, têm uma intensidade de 3 a 3000 plantas/ha. Ou seja, muito acima daquilo que é

considerado superintensivo.

Mais, os pomares do Oeste ou da Cova da Beira têm uma intensidade com um compasso de 3:2, por

exemplo, de 1600 plantas/ha, portanto, muito acima. O mesmo sucede em relação ao olival ou o amendoal aqui

referidos e que foram trazidos para cima da mesa.

O Sr. João Dias (PCP): — Aprende muito depressa o que eu digo! Falei disso na Legislatura passada!

O Sr. João Moura (PSD): — Queria ainda dizer a esta Câmara que o melhor e maior investimento agrícola

de sempre, em Portugal, foi, sem dúvida, o Alqueva. O Alentejo tendia para a desertificação e aquilo que o

Alqueva veio trazer foi uma oportunidade à agricultura portuguesa, obviamente, com espécies que estão

adaptadas ao nosso clima que são internacionalmente consideradas um sucesso de produção.

Portugal é o 9.º país do mundo em área de olival — e é com orgulho que digo que o azeite português é

apenas e tão-só o melhor azeite do mundo — e, portanto, os 2,5 mil milhões de euros gastos numa barragem,

hoje, são considerados como um investimento produtivo que possibilita aos agricultores portugueses terem uma

oportunidade, inclusivamente, para as suas exportações e para o aumento da qualidade e da economia de

Portugal.

Ora, aquilo que transtorna os partidos da esquerda é a produtividade — obviamente que sabemos que é isto

que está em causa —, é o facto de o agricultor se ter adaptado, ter aumentado de forma significativa a sua

produção,…

O Sr. João Dias (PCP): — Isso só revela que não leu os projetos de lei!

O Sr. João Moura (PSD): — … ter diminuído os custos de produção e ter aumentado a rentabilidade de um

produto em Portugal. Obviamente que há lucro, que as empresas agrícolas têm lucro, e ainda bem que o têm

porque geram emprego, geram riqueza para a economia nacional.

O Sr. João Dias (PCP): — Diga isso aos timorenses que lá estão!

O Sr. João Moura (PSD): — E é sobre este tabu que vêm criar um conjunto de entraves aos agricultores

portugueses,…

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Portugueses, onde?!

O Sr. João Moura (PSD): — … um conjunto de regras que dificultam aquilo que já hoje é extremamente

difícil.

Relativamente ao regadio, que também foi hoje aqui abordado, o que lamentamos não é o bom

aproveitamento de uma barragem para um conjunto de culturas em Portugal. O que lamentamos, de facto, é a

falta de estratégia do Governo, que insiste em não diversificar e não ampliar aquilo que já hoje acontece no

Alqueva.

Portugal deveria ter muito mais potência. Por exemplo, no Ribatejo, no Norte Alentejano ou no Algarve, se

nós aproveitarmos, só que seja, a água que circula nos rios e que vai diretamente para o mar e se perde — ao

contrário do que dizia a senhora líder do Bloco de Esquerda, que a água nas barragens evapora e que, portanto,

a grande dificuldade é que ela ali evapora!…

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