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1 DE OUTUBRO DE 2022

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de água e há perdas maciças de água na rede, muitas vezes perdida no mar. Esse é o problema que tem de

ser tratado, é o problema político que esta Casa tem de resolver, mais tarde ou mais cedo.

É verdade que existem zonas onde não há água. Nesses casos, onde não é possível fazer chegar água nem

reaproveitar água, temos de falar da dessalinização e temos de ter medidas concretas para que haja água

nesses sítios.

Sim, o regadio é importante. Temos Alqueva a dar um exemplo da transformação económica e social

fundamental que o regadio pode representar. Temos de apostar no regadio noutras áreas e, sim, Srs. Deputados

do PS, temos de recuperar as redes mais antigas de regadio, que estão ao abandono e que precisam de uma

intervenção estrutural. Por conseguinte, estas são as questões fundamentais.

Não é aceitável que se condene o interior, que se condene a agricultura, por mero enviesamento ideológico.

O que se tem de apoiar e estimular é a agricultura com mais tecnologia, mais inovação e mais aproveitamento.

A agricultura é uma forma de povoar o interior, é uma forma de ter crescimento no interior, é uma forma de

ter emprego no interior.

É isso que esta Câmara deve propugnar, e não paralisar tudo aquilo que se propõe.

Aplausos da IL.

O Sr. Pedro do Carmo (PS): — É esse o caminho que estamos a prosseguir!

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Para uma intervenção, pelo Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra

a Sr.ª Deputada Rita Matias.

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Diz Roger Scruton que o conservadorismo tem

origem num sentimento, «o sentimento de que as coisas virtuosas são facilmente destruídas, mas não facilmente

criadas».

Portanto, se o conservador quer preservar o que antecede o próprio Estado — como a família, a vida, os

valores —, também é próprio do conservador estimar a natureza, querer conservá-la, querer cuidar do património

natural e, sobretudo, garantir que os seus filhos e netos, as novas gerações, não encontrarão um mundo mais

pobre e com menos recursos do que as atuais ou as anteriores gerações.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — A questão é que um conservador e qualquer pessoa que venha por bem, não

pode alinhar com esta agenda ambientalista e globalista que, como se diz em bom português, é um «gato

escondido com o rabo de fora».

É uma agenda melancia, uma agenda verde por fora mas vermelha por dentro.

A oradora exibiu um cartaz.

Aplausos do CH.

É uma agenda que compromete a nossa soberania, uma agenda que odeia a propriedade e que expropria o

proprietário, uma agenda que nos quer pobres e dependentes do Estado e que diz ao cidadão: «Não terás nada,

mas serás feliz!»

O que discutimos aqui, hoje, é um espelho disto mesmo. É um leque de boas intenções, mas, como se diz,

«de boas intenções está o Inferno cheio».

O Bloco de Esquerda, o PCP e o PAN, portanto, a extrema-esquerda, querem regulamentar a instalação das

culturas intensivas e obrigar a realização de avaliações de impacte ambiental. Isto soa tudo muito bem, não

fosse isto uma forma encapotada de mostrar o ódio que têm ao grande capital, aos setores que geram riqueza

e ao mundo rural.

Aplausos do CH.

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