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16 DE DEZEMBRO DE 2022

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O Sr. Pedro Pinto (CH): — Mentiroso!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O Chega, em vez de valorizar a integridade destes profissionais,

prefere defender aqueles que mancham a dignidade e credibilidade das forças de segurança. Em vez de

valorizar quem merece ser polícia ou guarda, o Chega marcou este debate para defender condutas, opiniões e

percursos de quem nunca deveria ser elemento de uma força ou serviço de segurança.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Mentiroso!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Digam aqui, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada, àqueles agentes que

juraram servir o País e honrar a sua farda que aqui vieram para defender quem a está a manchar. Digam que,

em vez de se colocarem ao lado de quem traz dignidade e credibilidade às forças e serviços de segurança,

preferem colocar-se ao lado do 1,6 % que nunca, nunca deveria vestir uma farda.

Hoje, Sr. Deputado André Ventura, a pergunta, nas notícias, era a seguinte: «Quem cometeu um crime

grave deve ou não continuar nas forças e serviços de segurança?» E seria de esperar, logo na abertura deste

debate, uma posição sobre o prejuízo concreto para a imagem das forças de segurança na manutenção do

seu corpo de elementos que foram condenados por crimes graves. Mas o que nos disse o Chega? O que nos

disse o Sr. Deputado André Ventura? Não disseram nada, e aqui não podem passar sem tomar posição.

Qual é a opinião do Chega? Agentes de forças de segurança que são condenados por crimes graves

podem permanecer ao serviço destas forças?! É que quem defende a dignidade e credibilidade dos serviços e

forças de segurança só pode ter uma única posição. Quem respeita estes homens e mulheres que vestem

uma farda só pode ter uma opinião. A todos estes agentes e guardas — que não poderiam sê-lo se quando se

candidataram a concurso para a PSP ou GNR tivessem cadastro com crime grave — só podemos dar uma

certeza. O Bloco de Esquerda dá essa certeza: queremos proteger as forças de segurança destas situações. E

o Chega? Não nos diz nada.

Para respeitar as forças e os serviços de segurança, quem comete crimes não pode usar uma farda. O que

diz o Chega? O que começou por dizer o Chega? Assobiou para o lado, rejeitou tomar uma posição. Prefere

condenar a integridade de quem denuncia crimes do que atacar os criminosos, e essa é a escolha de quem

não respeita os serviços e as forças de segurança.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não! São vocês! Vocês é que são criminosos!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Mas é a máscara que cai ao Chega.

Não, Sr. Deputado André Ventura, não foram os polícias que saíram à rua para se manifestar, dizendo que

não eram racistas. É mais um abuso que o Chega faz sobre os polícias. Quem saiu à rua, porque enfiou essa

carapuça, foi o Chega!

A Sr.ª Mariana Mortágua (BE): — Bem lembrado!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — E foi mais uma tentativa de instrumentalização das forças de

segurança que aqui se fez. Mas não foi a única. É que, depois desta instrumentalização, veio o Chega falar

das condições remuneratórias e da falta de qualidade de vida dos polícias, colocando-se ao lado de quem

manchou a farda.

O Bloco de Esquerda propôs melhores remunerações, melhores condições de trabalho e acompanhamento

médico e psicológico para os profissionais das forças de segurança. Fizemo-lo ainda no debate orçamental

recente, tendo votado ao lado de todas as propostas nesse sentido.

No entanto, quem usa estes temas para desviar a atenção das obrigações que vêm associadas a uma

farda está a faltar ao respeito a todos os profissionais.

Digam, Srs. Deputados do Chega, tenham a coragem de dizer a estes profissionais, que não arranjam

desculpas para vestir a sua farda, que vocês estão a arranjar desculpas a quem veste uma farda para ter

condutas impróprias. Digam isso!

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