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I SÉRIE — NÚMERO 67

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debate que tenha como ponto de partida a segurança dos portugueses e que nunca se desvie do respeito

pelas nossas forças de segurança.

Aplausos da IL.

O Sr. Presidente: — A Sr.ª Deputada tem um pedido de esclarecimento. Para formulá-lo, dou a palavra ao

Sr. Deputado Pedro dos Santos Frazão, do Chega.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr.ª Deputada Patrícia Gilvaz, de

facto, o que a Iniciativa Liberal nos traz hoje é mais do mesmo. São grandes visões, proclamam ter grandes

intelectuais, mas depois trazem pequenas medidas.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Muito bem!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — O Chega traz cinco projetos de lei e a Iniciativa Liberal traz dois

projetos de resolução.

De todo modo, sempre é melhor trazer qualquer coisa do que fazer como o PSD, que nada nos traz, ou

como a esquerda, que nada tem a dizer sobre este debate.

Sr.ª Deputada Patrícia Gilvaz, o título do projeto de resolução que nos traz sobre policiamento de

proximidade até parece mais ou menos composto, mas quando vamos ler o vosso projeto de resolução o que

diz é que pedem ao Governo uma série de medidas, entre as quais — imagine-se! — a redução do número de

esquadras. Sr.ª Deputada, explique-nos lá como é que pode defender mais policiamento de proximidade

fechando esquadras?

Se a Sr.ª Deputada quer mais dados, o que deveria fazer era ler estudos académicos. Dou o exemplo

seguinte: um estudo académico feito pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna fez uma

comparação entre as Avenidas Novas e o Areeiro. A zona das Avenidas Novas não tem esquadra, mas tem

226 polícias por cada 100 000 habitantes. Já o Areeiro possui a 12.ª Esquadra e 140 polícias por cada 100

000 habitantes. Quais foram as conclusões? Nas Avenidas Novas existiram 1853 crimes, enquanto no Areeiro

ocorreram 959, ou seja, quase o dobro dos crimes na freguesia em que não existe esquadra, Sr.ª Deputada.

Se é assim nas cidades, imagine como é nos grandes territórios, Sr.ª Deputada. Olhe, em Santarém, o

terceiro maior distrito do País, o que ouvimos pedir, em todos os 21 concelhos, é mais esquadras e é

esquadras perto das pessoas. Sr.ª Deputada, vá ao interior, vá ao mundo rural. Desafio qualquer Deputado a ir

ao mundo rural perguntar às pessoas se querem esquadras abertas ou se querem esquadras fechadas.

Vozes do CH: — Muito bem!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Quanto ao projeto de resolução em que a Sr.ª Deputada pede o

aperfeiçoamento dos dados do RASI, está a fazer, completamente, a leitura do Bloco de Esquerda.

O Sr. Bruno Nunes (CH): — Tal qual!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Aliás, a Iniciativa Liberal é como se fosse o Bloco de Esquerda,

mas com um cartão de crédito no bolso!

Aplausos do CH.

Fala de violência, de discriminação, de incentivo ao ódio e de violência no seio das forças de segurança.

Sr.ª Deputada, a violência que foi descrita pelo consórcio de jornalistas do Bloco de Esquerda corresponde a

1,4 % dos 40 000 efetivos da polícia, portanto é completamente irrisória, completamente marginal. A Sr.ª

Deputada devia era estar preocupada, isso sim, com os seis polícias agredidos por dia, com as depressões,

com os suicídios, com as frustrações, com a saúde mental e com os salários congelados há mais de 10 anos.

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