O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 81

60

Mas, para nós, as alterações climáticas não são sinónimo de incompetência política. Se ouvissem as

associações no terreno, perceberiam que há muitas comissões de cogestão que ainda não tomaram posse e

que não estão no exercício de funções, e que essas mesmas associações pedem um rosto, um diretor da área

protegida, independente dos ciclos municipais, que faça a ponte no terreno com as comunidades locais.

Esta é a proposta que o Chega traz a debate. A escolha é só uma: capacitar e aperfeiçoar os modelos

existentes, ou voltar ao marasmo e à inação, que apenas degrada os nossos solos, destrói as nossas espécies

e contribui para a desertificação do interior do País.

Quanto mais protelarmos as soluções concretas para o território, mais manchadas estarão as mãos do poder

político, e as novas gerações não nos perdoarão por não protegermos a beleza e o património natural do nosso

País.

Aplausos do CH.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos agora às intervenções dos grupos parlamentares que não

apresentaram iniciativas legislativas neste ponto.

Assim, pelo Grupo Parlamentar do PS, tem a palavra a Sr.ª Deputada Vera Braz.

A Sr.ª Vera Braz (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Se há algo que considero poder afirmar é

que estamos todos de acordo com o facto de que 8 % do nosso território nacional não pode, nem deve, ser

esquecido.

Somos um País relativamente pequeno, mas com uma enorme biodiversidade e com uma enorme riqueza

natural. Estes 8 %, que se traduzem em 50 áreas protegidas, são ativos territoriais estratégicos que representam

os mais altos valores do nosso património natural e paisagístico. É, por isso, claro que a conservação da

natureza e da biodiversidade é considerada, pelo Partido Socialista, um desígnio nacional e, como tal, uma

intervenção prioritária.

Esta intervenção, que preserve os habitats e as espécies, mas não só, deve ser também uma intervenção

que permita desenvolver os territórios, que permita a manutenção dessa biodiversidade enquanto elemento

essencial ao funcionamento e serviços do ecossistema, que contribuem para a qualidade de vida das pessoas.

Queremos que estes sejam territórios com futuro, territórios que preservem uma identidade cultural e com os

quais as comunidades se identifiquem e se envolvam, valorizando-os. Mas sabemos que esta valorização é

indissociável da valorização da conservação e tal só é possível, como refere o nosso regime jurídico, se existir

uma atividade de gestão e aproveitamento sustentável dos recursos naturais, com envolvimento e participação

de toda a sociedade, numa lógica de benefício comum.

Quem melhor do que os nossos autarcas,…

Risos do Deputado do PCP Bruno Dias.

… que conhecem os seus territórios, conhecem as suas gentes, alicerçados numa equipa de gestão de uma

estrutura de apoio, num técnico especializado e dedicado em exclusividade, para promover esse benefício

comum?

É preciso ter uma gestão ativa e adaptativa, que exige proximidade, e não a falsa proximidade que os projetos

à nossa esquerda referem.

Protestos do Deputado do PCP Bruno Dias.

A verdadeira proximidade faz-se com quem está presente, com quem conhece a realidade territorial, com

quem lá vive e com quem cuida da sua terra.

Protestos do PCP.

Páginas Relacionadas
Página 0061:
26 DE JANEIRO DE 2023 61 Não aceitamos que digam que é muito bom existir articulaçã
Pág.Página 61