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I SÉRIE — NÚMERO 86

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Vejamos o que este Governo do Partido Socialista fez, ainda no ano transato, com o dinheiro do Fundo

Ambiental.

Diz o Sr. Deputado Ricardo Pinheiro que temos de responder às necessidades do interior, àquele interior que

fica esquecido e, depois, os incêndios vão lá e levam a nossa floresta.

Sr. Deputado, quem beneficiou, recentemente, de quase 25 milhões de euros de apoio aos grandes

consumidores de energia, pelo dinheiro do Fundo Ambiental? Poderia servir para mudar a estrutura produtiva,

mas serve para perpetuar as mesmas más práticas. São 25 milhões de euros para as mesmas empresas de

celulose que, além de ajudarem ao desordenamento do território e à promoção do eucalipto na nossa floresta,

cujo resultado direto é aumentar o perigo de incêndio florestal, são as beneficiadas das políticas do Governo do

Partido Socialista.

Por isso, quando o PS nos diz que estão aqui para defender o ambiente e, por isso, propõem introduzir uma

versão local nacional do mercado de carbono, a resposta é simples e as novas gerações devem ouvi-la: o que

o Governo do Partido Socialista e o Partido Socialista estão a dizer é que querem dar ao mercado o vosso futuro,

querem entregar ao lucro dos grandes poluidores o vosso futuro,…

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Não seja demagogo!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — … querem que o dinheiro público, que poderia servir para rever o

funcionamento da economia, seja entregue àqueles que já lucraram com a poluição, no passado, e vão continuar

a lucrar com a poluição, no futuro.

Isso, para nós, é inaceitável, e combateremos esta escolha do Partido Socialista, porque consideramos que

ser amigo do ambiente não é só bater com a mão no peito, enquanto se entregam grandes cheques a grandes

poluidores. É defender, de facto, as novas gerações.

Aplausos do BE.

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Que demagogia! Os eucaliptos não capturam carbono?!

O Sr. Presidente: — Para intervir em nome do Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Rita Matias.

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por dizer que partimos para este

debate sob a premissa de que pretendemos alcançar a neutralidade carbónica, uma meta nobre, assumindo

que a concentração de gases com efeito de estufa na atmosfera provoca efetivamente o aumento da temperatura

média na Terra.

No entanto, ao contrário da maior parte dos Srs. Deputados aqui presentes, não podemos cavalgar a onda

de que as variações climáticas são algo de agora. Sempre existiram e sempre irão existir.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Somos negacionistas!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Aquilo que estamos disponíveis para debater e para rever é o papel que o homem

tem neste processo.

Mas, desde logo, todas as propostas hoje em debate, as deliberações nacionais e internacionais e os acordos

assinados carecem de clarificação da metodologia.

Definimos estas metas com base em que modelos, concretamente? Porque é que a ciência, que sempre

apontou tantos caminhos alternativos, não ousa, nesta matéria, questionar o poder político?

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — E porque é que o poder político condiciona o financiamento das investigações,

mediante a narrativa determinada por sinistras agendas globais?

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