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I SÉRIE — NÚMERO 93

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A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — É preciso preservar o direito de associação desses adeptos, mas direito de associação não é direito de associação criminosa e as claques, muitas vezes, provaram ser associações

criminosas, em muitas matérias.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — É verdade!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Essas associações, sim, têm de ser controladas, quando se identifica que estão ligadas historicamente a práticas criminosas.

Portanto, resumo desta forma: não tolerar dentro do recinto desportivo aquilo que não é permitido fora, mas

combater o fenómeno especial da violência desportiva que tem acontecido no nosso País.

Aplausos do BE.

O Sr. Eurico Brilhante Dias (PS): — Muito bem!

A Sr.ª Rita Matias (CH): — Dizer «Maregá» é racismo! É Marega!

O Sr. Pedro dos Santos Frazão (CH): — Vamos fazer um jogo de futebol!

O Sr. Presidente: — Torno a pedir menos ruído na sala. Dou agora a palavra ao Sr. Deputado Rui Tavares, do Livre, para uma intervenção.

O Sr. Rui Tavares (L): — Sr. Presidente, Sr.ª Ministra, Sr. Secretário de Estado, Srs. Deputados: Boa tarde a todas e a todos. Há pouco, os ânimos exaltaram-se…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ah!…

O Sr. Rui Tavares (L): — … e confesso que me inquietou, porque comecei a pensar que, para discutir claques, era preciso que nos comportássemos aqui como claques.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Não podes, és só um!

O Sr. Rui Tavares (L): — Assim, confesso que não sou capaz de o fazer. O entusiasmo que tenho pelo meu clube ou pelo futebol não o trago para aqui, porque esse entusiasmo, que

traz consigo alguma parcialidade e vontade de querer estar sempre do mesmo lado, não o devo ter nesta Sala,

onde devo ter alguma imparcialidade e capacidade de ver a evolução real da cultura do futebol, dos estádios e

do desporto no nosso País, comparada com a de há alguns anos e com a de outros países, que é como se deve

fazer.

Protestos do Deputado do CH Filipe Melo.

E, se calhar, com um critério que toda a gente percebe, que é o da capacidade e vontade de levar filhos ao

estádio, ou não. Em certos países, na América Latina, não o faria, mas na Europa, em geral, faria, à vontade —

há uns anos não o faria e agora faço-o,…

O Sr. Filipe Melo (CH): — Tu não vais à bola! Vais ao balé!

O Sr. Rui Tavares (L): — … e em determinadas camadas desportivas também não o faria —, o que quer dizer que alguma coisa foi bem feita nos últimos anos.

Esta atitude de que tudo o que o Estado faz e tudo o que se pode fazer acerca da política é sempre repressivo

e dá sempre errado é uma coisa que, basicamente, nos atiraria para um período em que não se poderia ir ao

estádio, e isso devemos rejeitar.

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