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I SÉRIE — NÚMERO 105

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conseguir prestar os serviços nos cuidados de saúde primários a todos estes utentes; a falta de profissionais é

gritante.

Mas quando falamos nos cuidados de saúde hospitalares em Peniche, verificamos também que as equipas

médicas precisam de ser reforçadas, que o hospital precisa de obras e que os cuidados de saúde deixam muito

a desejar.

Estou certo de que não é o momento para falarmos do hospital do Oeste ou sobre a sua localização — não

é, por certo! —, mas há necessidade de falar da importância desse hospital e da sua criação, para garantir que

estes utentes tenham melhores condições de acesso aos cuidados de saúde.

Percebemos que um hospital não se faz com um estalar de dedos, mas, porque a população merece essa

atenção e esses cuidados de saúde, será fundamental garantir as obras previstas no plano diretor do Centro

Hospitalar do Oeste — não somente para Peniche, mas para as Caldas da Rainha e Torres Vedras — para dar

condições condignas a estes utentes.

Deixem-me olhar para esta matéria na perspetiva do distrito de Leiria: a melhoria dessas condições é

fundamental quando falamos no sul do distrito, já na entrada do distrito de Lisboa, mas é quando falamos no

norte do distrito que entra o projeto de resolução que aqui apresentamos hoje.

O projeto refere a necessidade da criação de um serviço de urgência básica no concelho da Marinha Grande.

Este concelho é predominantemente industrial. Tem indústria pesada e de alguma perigosidade, que trabalha

24 horas sobre 24 horas, e, existindo um acidente, a prestação de cuidados imediatos não se compadece com

a distância do hospital, em Leiria, para onde se vão transportar esses acidentados.

Assim, a criação do SUB (Serviço de Urgência Básica) na Marinha Grande é uma necessidade que permitirá

também aliviar a carga sobre o Hospital de Leiria, que foi construído para 230 000 utentes e hoje tem perto de

400 000, bem como sobre o serviço de atendimento permanente, que existe e que já dá também apoio ao norte

do concelho de Alcobaça até ao concelho da Nazaré.

Aquilo que se pretende — e para terminar —, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, é que, quer seja a norte,

quer seja a sul do distrito de Leiria, se garantam os cuidados de saúde primários com a contratação de mais

profissionais e criando condições nos centros hospitalares para garantir esses cuidados aos utentes do distrito,

mas também a quem nos visita, porque somos um distrito bastante turístico.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Pelo Grupo Parlamentar do Chega, tem a palavra o Sr. Deputado Gabriel

Mithá Ribeiro.

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Na qualidade de Deputado

eleito pelo distrito de Leiria pelo Partido Chega, cumprimento a Comissão de utentes da saúde do concelho de

Peniche, peticionários que reivindicam o reforço do acesso a cuidados de saúde.

A questão prioritária remete para os centros de saúde, pequenas unidades de consultas e cuidados primários

que são muitíssimo diferentes da grandeza e multiplicidade de valências de um hospital.

Claro que as populações envelhecidas da região precisam da construção do novo hospital do Oeste. Essa

questão é crucial, mas esse não é o tema. O que está em causa é o vício de responder às queixas de cima para

baixo, do grande para o pequeno,…

O Sr. Pedro Pinto (CH): — Muito bem!

O Sr. Gabriel Mithá Ribeiro (CH): — … do maior hospital de uma grande cidade para o menor centro de

saúde de uma pequena freguesia rural. Contudo, as soluções nunca chegam.

As populações do concelho de Peniche estão a confrontar o Parlamento com o inverso: exigem respostas do

micro para o macro, de baixo para cima, do pequeno para o grande. Quem tem de resolver um problema grande

e complexo falha, se começar por soluções grandiosas.

Rigor no método é fragmentar o problema grande em pequenas unidades. Depois, procurar soluções micro

para cada uma dessas pequenas unidades — chama-se a isto racionalidade.

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