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I SÉRIE — NÚMERO 105

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O Sr. Pedro Pinto (CH): — Oh!

O Sr. Rui Tavares (L): — As ocasiões de apresentar projetos de resolução como estes são as ocasiões nas

quais outros projetos de resolução são agendados e, portanto, podemos associar os nossos.

Mas creio que não é certamente desprimor nem desdouro para Peniche sabermos que no norte do distrito

de Leiria também há problemas a resolver.

Já foi aqui lembrado que a Marinha Grande é uma região também muito populosa, onde vivem cerca de

40 000 pessoas. Tem um hospital em Leiria, mas esse serve mais de 200 000 pessoas e também precisa de

cuidados.

O Sr. Pedro Pinto (CH): — O debate é sobre Peniche!

O Sr. Rui Tavares (L): — Este País faz-se na entreajuda, na solidariedade e na coesão.

Votando a favor dos dois projetos de resolução do Livre, o que espero que o PS, Sr.ª Deputada Sara Velez,

venha a fazer, contribui para ajudar a resolver os problemas no Oeste, mas também no norte do distrito de Leiria,

na região do Pinhal.

O Sr. Presidente (Adão Silva): — Passamos agora às intervenções dos grupos parlamentares que não têm

iniciativas.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Joana Cordeiro, do Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal.

A Sr.ª Joana Cordeiro (IL): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Começo por cumprimentar os 7581

subscritores desta petição, que nos alerta para os constrangimentos no acesso a cuidados de saúde no concelho

de Peniche.

Como se sabe, e como podemos verificar também pelas várias iniciativas legislativas arrastadas a esta

petição, infelizmente a falta de acesso a cuidados de saúde não se verifica apenas em Peniche. Estes

constrangimentos verificam-se por todo o País, nomeadamente em toda a região do Oeste, tema que, aliás, já

tem aqui sido abordado.

Como a Iniciativa Liberal tem vindo a afirmar, a defender e a propor, reforço que a abordagem na área da

saúde deve ser transversal e com visão de futuro.

As soluções não podem ser sempre aleatórias, feitas em cima do joelho, e muito menos podem estar limitadas

a encerramentos de unidades de saúde, por falta de capacidade em reter profissionais para as manter abertas.

Importa acautelar previsibilidade, mas, acima de tudo, importa que ninguém fique privado do acesso a cuidados

de saúde. O superior interesse das pessoas e o seu direito de acesso, que está constitucionalmente garantido,

não pode, em momento nenhum, ser comprometido por interesses partidários, por incapacidade estratégica de

gestão e, muito menos, por preconceitos ideológicos.

A região do Oeste é, há muitos anos, paradigmática da falta de visão estratégica de sucessivos Governos, e

o Partido Socialista, tendo governado 20 dos últimos 27 anos, não pode sacudir a água do capote.

O Sr. Rodrigo Saraiva (IL): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Cordeiro (IL): — Durante anos, não se acautelaram as previsíveis reformas de médicos que,

como era evidente, iriam deixar populações desprotegidas, e o resultado está à vista de todos. E, se este é um

problema transversal a todo o País, mais grave se torna quando impacta regiões com populações mais

envelhecidas ou cuja população aumenta em determinadas épocas do ano, como é o caso de Peniche, da

Marinha Grande ou do Oeste, em geral. Os habitantes e os turistas do Oeste não podem continuar a ser

ignorados por este Governo. São promessas de médicos que não chegam e promessas de hospitais que não

saem do papel.

O País está farto de incompetência e está farto de mentiras. E é verdadeiramente extraordinário ver o projeto

de resolução que o PS traz a este debate, em que até faz um retrato bastante razoável das várias dificuldades,

mas, Srs. Deputados, quem é que está no Governo há oito anos? Se conhecem tão bem os problemas do Oeste,

porque é que não usam a vossa influência para, junto do Governo, resolver estes problemas?

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