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I SÉRIE — NÚMERO 131

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Mas nós sabemos que somos o partido do equilíbrio e são exatamente a crítica do Bloco de Esquerda e a crítica da direita que nos dão a certeza de que estamos no caminho certo.

O BE faz esta desvalorização das nossas propostas, sabendo que, além da proteção da habitação, também temos medidas que servem para proteger rendimento. Mas agora também desvaloriza estes subsídios para a proteção desse mesmo rendimento, já acha que nós também não achamos este caminho brilhante, mas é um caminho, numa situação de emergência, que protege o rendimento e a vida das pessoas. O BE já desvaloriza.

Na verdade, as propostas que o Bloco de Esquerda traz hoje a debate não são propostas para resolver o problema, são propostas que faz a pensar onde é que o PS não vai. E fá-lo por uma afirmação de pureza ideológica.

Nós percebemos, Srs. Deputados, mas não nos diminuímos. Às pranchas da pureza, respondemos sempre com um caminho seguro e sem dogmas. E é por não termos dogmas que mobilizamos todos os instrumentos neste pacote de habitação.

Por isso, quero perguntar ao Bloco de Esquerda se está disponível para, na especialidade, fazer este caminho, a pensar no desafio da habitação e não a pensar onde o PS está disponível a ir para, com isso, afirmarem a sua existência e a sua solução política.

Aplausos do PS. O Sr. Presidente: — Para um pedido de esclarecimento, em nome da Iniciativa Liberal, tem a palavra o

Sr. Deputado Carlos Guimarães Pinto. O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Sr. Presidente, Sr.ª Deputada, disse na tribuna do orador que já tinha

sido restringido o alojamento local e que, mesmo assim, os preços não tinham descido. Porque será? Porque, se calhar, não era esse o problema.

O Sr. António Topa Gomes (PSD): — Era a bancarrota! O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Se calhar, essa bandeira, que andaram a abanar durante tanto tempo,

não era o verdadeiro problema da habitação. Mas o Bloco de Esquerda e o PCP também têm sempre esta narrativa de que foram o liberalismo na

habitação, o mercado da habitação que causaram o problema. O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Por acaso nisso tinham razão. O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Curiosamente, os preços da habitação estavam estagnados até 2015.

Até o Bloco de Esquerda e o PCP apoiarem uma solução do Governo, os preços da habitação estavam estagnados há 10 anos e começaram a aumentar, precisamente, em 2015.

O Sr. Miguel Cabrita (PS): — Com a troica cá! O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Portanto, diga lá que medidas neoliberais é que o Bloco de Esquerda

e o PCP apoiaram a partir de 2015? O Sr. Duarte Alves (PCP): — E o BES? O Sr. Carlos Guimarães Pinto (IL): — Mas já sei o que vão responder: «Nós não apoiámos nenhuma,

porque o Governo que nós apoiámos não lançou nenhuma dessas. Essas medidas todas terríveis já tinham sido lançadas antes de 2015 e só tiveram efeitos a partir de 2015.»

Mas se a habitação é um tema tão importante e se essas medidas neoliberais já existiam em 2015, porque é que não exigiram que elas fossem invertidas? Tenho aqui o acordo que o Bloco de Esquerda assinou com o PS, que tinha mais de 30 medidas para o mercado de trabalho, reversões, privatizações, mas sobre a habitação, nada.

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