21 DE JULHO DE 2023
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O Sr. Presidente: — Muito boa tarde, Sr.as e Srs. Deputados, estamos em condições de iniciar os nossos
trabalhos.
Eram 15 horas e 4 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias ao público.
Pausa.
Muito obrigado.
Para uma breve leitura de expediente, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria da Luz Rosinha.
A Sr.ª Secretária (Maria da Luz Rosinha): — Sr. Presidente, passo a dar conta da entrada de duas iniciativas
legislativas: o Projeto de Lei n.º 862/XV/1.ª (BE), que baixa à 8.ª Comissão, e o Projeto de Resolução n.º
842/XV/1.ª (PCP), que baixa à 6.ª Comissão.
É só, Sr. Presidente.
O Sr. Presidente: — A nossa ordem do dia é dedicada ao debate sobre o estado da Nação.
Para abrir o debate, dou a palavra ao Sr. Primeiro-Ministro, António Costa.
O Sr. Primeiro-Ministro (António Costa): — Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr.as e
Srs. Deputados: Comecemos este debate pelo princípio e regressemos ao início desta Sessão Legislativa.
Como se antevia, em setembro passado, o estado da Nação? Com muita apreensão. Vivíamos ainda um
contexto de pós-pandemia, um quadro de grande incerteza face ao impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia,
com uma crise energética, rutura de cadeias de abastecimento, subida inopinada das taxas de juro e a maior
inflação dos últimos 30 anos.
Perante essa realidade, com humildade, o Governo optou pela responsabilidade, face ao alarmismo, e pela
ação, contra o fatalismo. Enquanto outros se concentravam em discursos catastrofistas, procurámos soluções
concretas para os problemas reais.
Para as oposições, não havia dúvidas: Portugal caminhava para a recessão. No melhor dos cenários, quando
muito, poderia estagnar. Durante meses, procuraram mesmo voltar ao século passado para recuperar a palavra
estagflação, com o crescimento em mínimos e o desemprego e a inflação em máximos.
Dez meses volvidos, importa agora avaliar o verdadeiro estado da Nação com base em factos e nos
resultados alcançados. Ora, Portugal não estagnou, Portugal não entrou em recessão, Portugal não regressou
à estagflação.
Aplausos do PS.
O Sr. Pedro Pinto (CH): — Ninguém percebeu, mas bateram palmas!
O Sr. Primeiro-Ministro: — No 1.º trimestre, Portugal teve, pelo contrário, o 3.º maior crescimento da União
Europeia, e as previsões de crescimento para este ano já variam entre os 2,4 % e os 2,7 %; o emprego está em
máximos históricos, com 4 milhões e 900 mil pessoas empregadas; e a inflação tem vindo a descer, dos 10,1 %,
que atingiu em outubro, para 3,4%, em junho passado.
Esta é a grande conclusão desta avaliação: Portugal não foi, este ano, o país que as oposições previam, que
empenhadamente anunciavam que ia ser e que — sejamos claros — alguns anseiam, desde 2015, que
finalmente, um dia, seja mesmo.
Aplausos do PS.