O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

9 DE DEZEMBRO DE 2023

33

O Sr. João Dias (PCP): — E reporto-me novamente ao concurso para acesso às especialidades médicas. Sr. Secretário de Estado, há uma questão muito importante que tem de ser respondida. É que já não se trata da dificuldade de fixar profissionais de saúde no SNS, o facto é que já não somos capazes de os atrair para o Serviço Nacional de Saúde.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Já nem entram! O Sr. João Dias (PCP): — E há um problema a que tem de dar resposta e não poderia sair daqui hoje sem

responder a isto: as duas especialidades nucleares, nomeadamente Medicina Geral e Familiar — que são os nossos médicos de família — e a Medicina Interna, como é que vai resolver a falta de atratividade para estas duas especialidades em concreto?

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Claro! O Sr. João Dias (PCP): — É que os médicos estão a recusar os internatos. Ficaram 400 vagas por preencher

porque mais de 20 % dos candidatos não optaram por qualquer vaga no SNS. Já nem escolhem o SNS! A questão reporta-se também a Lisboa e Vale do Tejo, pois grande percentagem das vagas por ocupar ficaram em Lisboa e Vale do Tejo, no Alentejo e no Algarve.

Sr. Secretário de Estado, são estas as contas certas que tem para acertar com o Serviço Nacional de Saúde e com a população e os utentes?

Aplausos do PCP. A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra a Sr.ª Deputada

Rosina Ribeiro Pereira, do Grupo Parlamentar da PSD. A Sr.ª Rosina Ribeiro Pereira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Sr. Secretário de Estado,

os profissionais do SNS, em particular os médicos, mas também os enfermeiros e os farmacêuticos, estão exaustos e desmotivados. Ao fim de 16 meses, as negociações entre os sindicatos médicos e o Governo resultaram apenas num acordo temporário que não valoriza os médicos nem torna o SNS atrativo.

Protestos da Deputada do PS Maria Antónia de Almeida Santos. Como dizia António Arnaut, considerado por alguns como sendo o pai do SNS: «Sem profissionais motivados

e respeitados, não há Serviço Nacional de Saúde digno desse nome.» Por isso, Sr. Secretário de Estado — e agora que se vai embora —, pergunto-lhe se sente que dignificou o

SNS com um acordo que sabe a tão pouco e que deixou uma herança tão pesada. Aplausos do PSD. A Sr.ª Presidente (Edite Estrela): — Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado José

Moura Soeiro, do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda. O Sr. José Moura Soeiro (BE): — Sr.ª Presidente, a minha primeira palavra é para os trabalhadores do

JornaldeNotícias, que estão em greve. São 135 anos de história de um jornal nacional feito a partir do Norte, sobretudo a partir do Porto, que está ameaçado por uma decisão indigna de um fundo de investimento e de uma administração de um grupo que quer cortar para metade a redação de um jornal que dá lucro, que vende mais de 30 000 exemplares por dia e que tem mais de 2 milhões de leitores.

Vozes do BE: — Muito bem!

Páginas Relacionadas