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I SÉRIE — NÚMERO 18

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internamento; falta de camas para acompanhantes de crianças internadas; inexistência de casas de banho em número suficiente ou outras infraestruturas para profissionais de saúde.

Neste sentido, o Livre apresentou uma proposta que está hoje em discussão e que esperamos que possa ser acompanhada pelas restantes bancadas. No fundo, aquilo que pede é que o Governo atualize o acordo entre o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental e o município de Oeiras, que determine a urgência do plano de recuperação e ampliação das alas do Hospital de Santa Cruz e, por fim, que o Governo garanta a adequação das infraestruturas e das condições de trabalho para o funcionamento dos centros de referência do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental.

Aplausos do L. O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, dou a palavra à Sr.ª Deputada Marisa Matias, do Bloco de

Esquerda. A Sr.ª Marisa Matias (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Permita-me também que cumprimente

os peticionários, foram mais de 7000 assinaturas recolhidas. O Bloco de Esquerda acompanha as preocupações dos peticionários e por isso mesmo apresentámos um projeto de resolução que esperamos ver aprovado.

O Hospital de Santa Cruz foi inaugurado em 1980 pela necessidade de uma maior diferenciação do SNS (Serviço Nacional de Saúde) em áreas como a cardiologia e a nefrologia. Este hospital desenvolveu-se em torno destas áreas e especializou-se ao longo dos anos.

Foi aí que, em 1984, se realizou a primeira angioplastia coronária; foi aí que, em 1986, foi feito o primeiro transplante cardíaco em Portugal; foi aí que, em 2018, se implantou, pela primeira vez na Península Ibérica, um dispositivo para tratamento de insuficiência cardíaca; e foi aí que, em 2023, se utilizou uma técnica inovadora no tratamento de doentes com taquicardia ventricular resistente às terapias convencionais.

Durante 44 anos de existência, o Hospital de Santa Cruz tem estado na vanguarda da inovação e desenvolvimento de cuidados de saúde altamente diferenciados. O Hospital de Santa Cruz e os seus profissionais têm feito um trabalho ímpar e inexcedível ao longo de todos estes anos, apesar de todos os constrangimentos que enfrentam, óbvios e insuficientes, por causa da falta de investimento.

Um desses problemas é a ala de cardiologia pediátrica, que tem merecido críticas por parte dos seus utentes. A exiguidade do espaço, as casas de banho partilhadas por pais e crianças e somente três vagas da Unidade de Cuidados Intensivos são apenas algumas das questões referidas pelos peticionários. Mas também os profissionais de saúde do hospital apontam a falta de camas de internamento, a dificuldade de vagas e a inexistência de camas para mães, pais ou outros acompanhantes.

Apesar das várias promessas de investimento ao longo dos anos, este hospital, com uma infraestrutura de várias décadas, continua longe de ter as intervenções que são necessárias. O Governo anterior anunciou mesmo a inauguração do novo edifício para 2023…

O Sr. Presidente: — Sr.ª Deputada, parando o tempo, desculpe interromper. Peço aos Srs. Deputados que criem condições, se fizerem favor, para que possamos ouvir a Sr.ª Deputada

na sua intervenção. Pode continuar, Sr.ª Deputada. A Sr.ª Marisa Matias (BE): — Como dizia, o Governo anterior chegou mesmo a anunciar a inauguração do

novo edifício para 2023, mas as sucessivas cativações foram adiando, assim como a falta de investimento. O hospital não pode continuar neste estado, o investimento não pode continuar a ser adiado.

É, por isso, preciso um novo edifício para o serviço de pediatria, ampliar unidades que acolham centros de referência de cardiopatias congénitas, de transplante cardíaco e de transplante renal e requalificar a infraestrutura como um todo, para que este hospital continue a desenvolver a sua missão, como tem feito nos últimos 44 anos.

É por isso que o Bloco de Esquerda apresenta este projeto e o traz a debate, o qual esperamos que seja aprovado.

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