I SÉRIE — NÚMERO 86
4
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Sr.as e Srs. Deputados, vamos dar início aos nossos trabalhos, pelo que declaro aberta a sessão.
Eram 10 horas e 4 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias ao público.
A ordem do dia de hoje é composta por dois pontos.
Como primeiro ponto temos, numa fixação da ordem do dia requerida pelo PSD, o debate do tema «Pela
aproximação das comunidades portuguesas espalhadas no mundo», no âmbito do qual iremos proceder à
discussão conjunta, na generalidade, dos Projetos de Resolução n. os 620/XVI/1.ª (PSD) — Recomenda ao
Governo a promoção de um conjunto de medidas para aumentar a cidadania das mulheres portuguesas
residentes no estrangeiro, 621/XVI/1.ª (PSD) — Recomenda ao Governo a promoção de campanhas de
informação aos eleitores recenseados no estrangeiro, 622/XVI/1.ª (PSD) — Recomenda ao Governo que avalie
as condições necessárias para a implementação de um projeto-piloto não vinculativo de voto eletrónico não
presencial, 623/XVI/1.ª (PSD) — Recomenda ao Governo a adoção de medidas especiais de reforço da rede
consular portuguesa, 624/XVI/1.ª (PSD) — Recomenda ao Governo que avalie as condições necessárias para
a introdução do voto antecipado em mobilidade para os eleitores residentes no estrangeiro e 625/XVI/1.ª (PSD)
— Recomenda ao Governo que defina um novo quadro de incentivos ao associativismo juvenil no estrangeiro.
Num segundo ponto teremos as votações regimentais.
Para dar início aos trabalhos, tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Flávio Martins, do Partido
Social Democrata.
O Sr. Flávio Martins (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Grupo Parlamentar do PSD requereu este debate sobre o tema «Pela aproximação das comunidades portuguesas espalhadas no mundo»;
fê-lo em boa hora. Mais uma vez, como desde há décadas, com a nossa Dr.ª Manuela Aguiar, protagoniza o
debate e a atenção por quem escolheu viver no estrangeiro ou por quem, nascendo em outro país, traz consigo
a portugalidade — e são tão portugueses como todos os outros.
«Valorizar as comunidades», «reconhecê-las como um ativo excecional» ou outras expressões que causam
impacto em documentos ou na comunicação social perdem importância se não passarmos à prática. E passar
do mero discurso é o que a iniciativa do Grupo Parlamentar do PSD faz, ao fixar este debate objetivo.
Tratar das comunidades deixa de lado posições meramente ideológico-partidárias, como às vezes ocorre em
outros temas. E sou testemunha de que em outros partidos há quem se interesse e quem defenda nossas
comunidades.
Mas agora é o momento de pesarmos a realidade e percebermos a força cultural, social, patrimonial e política
que se verifica cada vez mais naqueles e daqueles que vivem no estrangeiro, em mais de 190 países.
Assim, e a buscar o necessário consenso responsável, apresentamos seis projetos de resolução, que
esperamos que sejam — todos — aprovados, para que o Governo, que tem os meios formais e materiais, possa
executar as recomendações aqui apresentadas.
São seis e abordam matérias que, histórica ou contemporaneamente, são do interesse de quem reside lá
fora e que nos assiste agora, mas também de diversas Deputadas e Deputados neste Hemiciclo.
O Sr. Hugo Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Flávio Martins (PSD): — O PSD é o partido mais próximo das nossas comunidades no estrangeiro,…
O Sr. Hugo Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Flávio Martins (PSD): — … e valorizá-las é também melhorar os procedimentos para sua participação cívico-eleitoral.
Daí a apresentação dos Projetos de Resolução n. os 621/XVI/1.ª — Recomenda ao Governo a promoção de
campanhas de informação aos eleitores recenseados no estrangeiro, 622/XVI/1.ª — Recomenda ao Governo
avalie as condições necessárias para a implementação de um projeto-piloto não vinculativo de voto eletrónico