I SÉRIE — NÚMERO 86
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Srs. Deputados, a propósito de algumas coisas que aqui ouvi, também queria dizer que, de facto, muitos dos
partidos não tinham nada a dizer sobre esta matéria e, portanto, decidiram dizer outras coisas sobre outros
assuntos que não estavam relacionados com o debate, como por exemplo a intervenção que ouvi do Bloco de
Esquerda e outras. Lamentamos que assim seja e esperamos que votem a favor dos projetos de resolução, pois
é isso que está em discussão e é isso que é importante para as comunidades portuguesas.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Foi em cheio, quanto ao tempo, Sr. Deputado Hugo Carneiro. Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Delgado Alves.
O Sr. Pedro Delgado Alves (PS): — Sr. Presidente, Sr. Deputado, não tem tempo para dar e eu também não tenho para devolver, mas tem o encerramento para responder.
O Grupo Parlamentar do PSD continua a ignorar duas ou três questões fundamentais: mistura atos eleitorais
em que há sistemas eleitorais diferentes e normas constitucionais diferentes; olha e faz cherry picking dos
exemplos de direito comparado que lhe interessam em relação a países muito pequenos, ignorando aqueles em
que as matérias têm um desafio comparável ao nosso; e, acima de tudo, insiste na ideia da realidade tecnológica
ser outra, quando a realidade tecnológica ainda não é suficientemente fiável.
Eu devolvo a pergunta: está disponível para aumentar a quantidade de voto presencial e para rapidamente
aprovar o voto antecipado…
Por ter excedido o tempo de intervenção, o microfone do orador foi automaticamente desligado.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Sr. Deputado Pedro Delgado Alves, este é um pedido de esclarecimento que ficará por esclarecer.
Para uma intervenção, tem agora a palavra o Sr. Deputado Paulo Núncio, do CDS.
O Sr. Paulo Núncio (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Durante os Governos do Partido Socialista emigraram mais de 200 000 portugueses de forma permanente. Neste momento, temos centenas de
milhares de jovens a trabalhar e a estudar no estrangeiro. E perante estes números, temos de ter soluções.
A primeira solução é aquela que temos sempre dito, que é tornar o País mais atrativo, é criar condições para
que os jovens fiquem em Portugal. E o Governo está precisamente a fazer isso. Em 2024, Portugal cresceu
quase três vezes mais do que a média da zona euro. Estamos a reduzir a carga fiscal sobre as famílias, estamos
a reduzir a carga fiscal sobre os jovens, principalmente com o IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas
singulares) Jovem, e estamos a isentar de impostos a compra da primeira casa. E estas medidas, felizmente, já
estão a produzir efeitos.
Não obstante, temos de olhar para os jovens emigrantes. Para o CDS, estas associações juvenis têm o papel
fundamental de reforçar a ligação afetiva e cultural destes jovens a Portugal e, ao mesmo tempo, projetar a
imagem de Portugal no estrangeiro. Por isso, concordamos com a proposta e o projeto de resolução do PSD.
No entanto, consideramos que, em vez de criar um enquadramento autónomo, deveríamos aproveitar as
instituições já existentes, tais como o Conselho da Diáspora Portuguesa e o Conselho das Comunidades
Portuguesas.
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Presidente (Marcos Perestrello): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Rita Matias, do Chega.
O Sr. Jorge Pinto (L): — Vai emigrar?