O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

18 DE OUTUBRO DE 1989

2-(259)

Especificação

1988

1989 (estimativa de execução)

Administração central

Administração local

Segurança Social

Total consolidado

Administração central

Administração local

Segurança Social

Total consolidado

Estado (CGE)

Serviços e fundos autónomo*

Estado (COE)

Serviços e fundos autónomos

 

244,5

101,5

80,5

56,2

344,7

267,9

114

96,5

89,5

440,2

Investimentos..................

63.9

97,4

74,8

9,7

245,8

86

109,9

89

7

292,6

 

143,7

4,1

3,6

46,5

59,9

148,6

4,1

4,5

81,8

111,3

(das quais: transferências para

                   

outros subsectores)...........

135

3

0

0

-

124,7

3

0

0

-

 

36,9

0

2,1

-

39

33,3

0

3

0

36,3

6 — Saldo global ....................

— 425,8

- U,5

4,4

20,8

— 412,1

— 458,4

- 6,2

10,1

— 12,3

— 466,7

(em percentagem do PIBpm)____

7,1 %

-

-

-

6,9%

6,5 %

-

-

-

6,6%

7 — Empréstimos concedidos (líquidos de

                   
 

66,4

- 16,5

0

0

49,9

60

8,8

0

0

68,8

8 — Necessidades de financiamento (c)

492,2

— 5

- 4,4

- 20,8

462

518,4

15

- 10,1

12,3

535,5

(em percentagem do PIBpm)____

— 8,2 %

-

-

-

— 7,7 %

— 7,4 %

-

-

-

— 7,6 %

(ff) As comas de 1988 c 1989 não foram expurgadas da compensação aos funcionários públicos pelo pagamento de imposto profissional.

(b) Em 1989 as operações activas do Tesouro (60 milhões de contos) foram postas em activos financeiros e incorporadas no Orçamento. Individualizam-se aqui para uma melhor comparação com a execução orçamental de 1988.

(c) Excluindo as amortizações da divida pública (operações passivas).

Para além dos juros da dívida pública, também as despesas com o pessoal sofreram em 1989 alguma pressão resultante de um esforço deliberado de ajustamento estrutural, no sentido de aproximar as condições oferecidas aos trabalhadores da função pública das que são praticadas em sectores concorrentes. Trata-se igualmente de um esforço de que se esperam efeitos benéficos a prazo. De facto, para além do objectivo imediato de maior equidade, espera-se que o novo sistema remuneratório do funcionalismo permita uma maior retenção dos quadros mais qualificados, com efeitos positivos na eficiência da Administração Pública.

12 — A redução do peso das necessidades de financiamento do SPA, apesar das pressões altistas sobre as despesas decorrentes dos factos acima mencionados, só foi possível graças a um comportamento muito positivo das receitas fiscais. Para o bom andamento das receitas contribuíram o crescimento nominal e real da economia superior ao projectado e a introdução da reforma fiscal, que implicou um alargamento da base de tributação.

O saldo global do SPA, que difere das necessidades de financiamento por excluir os empréstimos concedidos (líquidos de reembolsos), exprime de uma forma mais aproximada as necessidades de financiamento que decorrem estritamente da actividade do SPA, dado que os empréstimos concedidos se destinam basicamente a acorrer a necessidades de financiamento de empresas públicas. Ora, também o saldo global deve reduzir o seu peso no PIB entre 1988 e 1989.

Finalmente, o saldo primário do SPA —definido como o saldo global excluindo as despesas com os juros da dívida pública— melhorou substancialmente, passando de valores negativos antes de 1986 para excedentes, atingindo o nível equivalente a 1,7% do PIB em 1989. Um saldo primário positivo desta ordem de grandeza é indispensável à estabilização do peso da dívida pública no PIB, o que constitui uma referência importante para a condução da política orçamental numa perspéctica de médio prazo.

13 — 0 esforço de redução do défice do SPA é tanto mais importante quanto é certo que algumas tensões se irão fazer sentir ao nível de certas rubricas da despesa pública num horizonte de curto e ou médio prazo. Assim:

1) As despesas com o pessoal sofrerão um encargo adicional importante com a implementação do novo sistema remuneratório do funcionalismo público;

2) As despesas de investimento terão um crescimento elevado nos próximos anos, impulsionadas pelo esforço de modernização co-financiado pelas Comunidades Europeias;

3) A taxa de juro implícita na dívida pública continuará a sofrer uma pressão decorrente da progressiva eliminação do elevado montante da dívida pública mais antiga, remunerada abaixo das taxas de juro do mercado e mantida no sistema bancário pelo sistema de limites de crédito.

A este conjunto de factores há que contrapor os frutos da acção de saneamento e clarificação das finanças públicas que tem vindo a ser praticada nos últimos anos. Assim, do saneamento financeiro das empresas públicas resultará no futuro um esforço menor do Estado a título de «ajuda financeira» a essas empresas. Da extensão das regras da disciplina orçamental aos organismos autónomos da Administração Pública há a esperar economias importantes nas necessidades de financiamento do SPA. Finalmente, as receitas provenientes da alienação parcial ou total de algumas empresas públicas serão uma fonte importante de fundos para financiamento de outras empresas públicas e redução do stock da dívida pública, com a correspondente redução do fluxo de encargos futuros.

14 — Em 1990 o Estado terá de obter o montante líquido de financiamento de cerca de 655 milhões de contos. Além disso, terá de despender cerca de 481 milhões de contos em amortizações normais da dívida pública. Prevê-se, ainda, a realização de pré-paga-