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4 | II Série A - Número: 090 | 28 de Março de 2009

edificar as suas habitações, dando rapidamente origem àquilo que, foi já considerado, «o maior bairro clandestino da Europa».
Em termos orográficos, Casal de Cambra ocupa, por assim dizer, um pequeno planalto sobranceiro a Lisboa, delimitado a Norte e a Nascente por duas colinas ligadas entre si que, por sua vez, delimitam o vale de Caneças.
Com a forma geométrica de um quadrado, foi rasgada aquando da execução dos loteamentos iniciais, e mesmo posteriormente, por arruamentos em forma reticulada, o que lhe confere um aspecto semelhante ao da Baixa Pombalina ou ao da, igualmente Pombalina, Vila Real de Santo António.
Tal circunstância veio, em muito, facilitar a posterior requalificação urbanística da localidade, tendo tornado possível a actual existência de uma malha urbana com bastante coerência, quando comparada com outros locais, igualmente de origem clandestina.
A partir dos anos setenta e oitenta do último século, deu-se o grande desenvolvimento da construção, dando-se igualmente início a um programa de requalificação e infra-estruturação urbana, da responsabilidade da Câmara Municipal de Sintra, com a comparticipação dos proprietários.
A arquitectura predominante é, ainda hoje, a de pequenas moradias unifamiliares, com um ou dois pisos, por vezes com uma loja por baixo e um pequeno quintal, embora a partir de certa altura tenham começado a surgir construções de habitação colectiva, já devidamente licenciadas pela Câmara Municipal de Sintra.
De salientar, ainda, a existência de uma zona de construção cooperativa e de uma outra de habitação social, edificada ao abrigo do Programa Especial de Realojamento.
Casal de Cambra possui actualmente um parque habitacional mais modernizado e com construção de qualidade, fruto da sua proximidade com Lisboa e devido às fáceis acessibilidades.

II. Da Heráldica

A freguesia de Casal de Cambra adoptou a seguinte ordenação heráldica do brasão e bandeira, conforme Edital publicado no Diário da República, III Série, n.º 188, de 17/08/1998:

Brasão: escudo verde, um dragão quadrúpede de ouro, armado e lampassado de vermelho, passante sobre um aqueduto de cinco arcos de prata movente dos flancos; em chefe, um crescente de prata, contendo entre as pontas uma estrela do mesmo; em ponta, mó de moinho de ouro. Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco, com legenda a negro: «CASAL DE CAMBRA».
Bandeira: amarela. Cordão e borlas de ouro e verde. Haste e lança de ouro.
O dragão quadrúpede de ouro é o símbolo heráldico de Santa Marta, a padroeira local. O aqueduto de cinco arcos simboliza o Aqueduto das Águas Livres, numa representação da muita água existente na localidade. O crescente e a estrela de cinco pontas, ambos de cor prateada, estão presentes no brasão de armas da Vila de Sintra e representam os antigos senhores da vila, os mouros, que Dom Afonso Henriques venceu. A mó de moinho simboliza as terras de pão que, desde a antiguidade, foram as de Casal de Cambra.
As cores que dominam — o ouro e o verde — pretendem simbolizar as espigas douradas e a esperança.

III. Do Património Cultural e outros locais de interesse

Em termos de património histórico-cultural, destaca-se, em Casal de Cambra, a Capela (ou Ermida) de Santa Marta, símbolo da devoção das suas populações, que foi erigida no início do século XVII.
Situada no perímetro urbano do bairro, esta ermida terá sido construída numa estreita ligação simbólica às águas salutares que existem na zona, vindo estas «águas santas» a ser designadas pelo nome da padroeira, Santa Marta.
No século XIX, a Ermida de Santa Marta foi utilizada como habitação, sendo destruída por um incêndio e permanecendo em ruínas até aos nossos dias. O edifício que hoje existe no local resulta de um processo de recuperação, levado a efeito pela câmara municipal, no final dos anos noventa do século XX, que embora

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